Prefeita de Campo Grande afirma que o município perdeu muito em receitas do ICMS com o governo tucano e ex-secretário de Azambuja rebate: “Despreparo da atual gestora!”

Em entrevista à Rádio CBN, nesta quinta-feira (25), a Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), além de afirmar ter assumido há dois anos uma gestão comprometida financeiramente e com muitas obras paradas (até então sob a responsabilidade do ex-prefeito, Marquinhos Trad), fez dura acusação ao ex-governador Reinaldo Azambuja, líder tucano que hoje trabalha pela candidatura do deputado Beto Pereira à prefeitura da capital.

Sobre a perda de receitas, a falta de desenvolvimento econômico e ausência de investimentos na Capital, Adriane afirmou que dois anos são muito pouco para recuperar a gestão e que a culpa das perdas financeiras aconteceram, principalmente durante os mandatos do ex-governador Reinaldo Azambuja: “Desde o início do governo Azambuja, começou a diminuição da distribuição de impostos para Campo Grande.

Ao ser indagado sobre as afirmações da prefeita, o ex-secretário da Fazenda na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), Felipe Mattos, rebateu com veemência a fala de Adriane Lopes: “O ex-prefeito Marquinhos Trad já havia falado essa barbaridade há um tempo atrás. Admiro ela, vice-prefeita por seis anos, prefeita há quase dois, não conhece o básico sobre distribuição de receita tributária. A repartição de receita do ICMS é um bolo só. Do que o Estado arrecada, 25% vão para os municípios. A diferença é que cada município recebe de acordo com seu valor adicionado. Então, se Campo Grande perdeu alguma coisa em arrecadação de ICMS, é porque outro município cresceu mais. A fórmula para resolver, é aumentar o valor adicionado da Capital. A prefeita não entende o raciocínio básico dessa conta. Se alguém tem que resolver essas perdas é a própria gestão municipal. Uma fala como essa só demonstra o despreparo da atual gestora”.

O valor adicionado é o valor de tudo que cada município arrecada e informa para a SEFAZ para que ela calcule o índice de cada município. O que sabe é que, até 2023, o bolo geral destinado aos municípios obedecia a seguinte ordem: 75% rateados com base no Índice de Valor Adicionado de cada um: 3% da receita própria, 5% do ICMS Ecológico, 5% baseado no número de eleitores, 5% tendo como base o território e 7% é repartido igualmente a todos. A partir de janeiro de 2024, o valor é de 65%, sendo 10% para o Índice da Educação – IQE mais os demais índices que permanecem os mesmos.

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