Avalanche de promessas – Prefeita de Campo Grande promete retomar plano de carreira dos professores, mas só depois das eleições

Quanto mais se aproximam as eleições de outubro, mais cresce o arsenal de promessas da prefeita de Campo Grande e pré-candidata à reeleição, Adriane Lopes (PP). Dessa vez o aceno eleitoreiro foi para a categoria dos professores municipais.

Em comunicado de véspera, os servidores da Semed foram convocados para uma Assembleia Extraordinária, dia 13 às 8h30min., no Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública, justamente num horário em que os trabalhadores da Educação estão em sala de aula. E por que a pressa da reunião e o horário inconveniente? Seria para evitar represálias dos que já estão conscientes das artimanhas da prefeita? Um evento tão importante para a categoria, no mínimo teria que ter grande expressividade de sindicalizados presentes. Mas, a reunião aconteceu sem a presença de um número legitimamente representativo da REME, e com total apoio político do secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, e do presidente da ACP, Gilvano Bronzoni.

Em discurso estranho, Adriane disse que assumiu uma Prefeitura quebrada, o que soou contraditório, já que o ex-prefeito, Marquinhos Trad, amigo pessoal da prefeita, sempre contou com os elogios e o apoio integral dela, inclusive quando renunciou, em 2022, após ser denunciado por supostos crimes sexuais.

A promessa, objeto da reunião, é a de retomar o pagamento do plano de carreira com as promoções horizontais e verticais por tempo de serviço, cumprindo o reajuste salarial escalonado da categoria. Mas, para pagar só após as eleições, o que, obviamente, induziria a categoria a trabalhar por sua reeleição a fim de se concretizar o beneficio, e, por outro lado, deixando a conta estratosférica para a próxima gestão.

Um professor, indignado, revelou em off que a tal reunião foi mais uma encenação da prefeita para angariar votos para o pleito de outubro: “Me senti envergonhado! A Semed liberou todos os comissionados pra ir à reunião votar a favor da prefeita enquanto os professores estão em sala de aula sem poder ir na assembleia. Sindicato vendido. Assembleia as 8 da manhã em dia letivo?!

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