O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), recebeu o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Dorival Renato Pavan, entre muitas outras autoridades, para a manhã festiva desta terça-feira (4) em que o Poder Legislativo estadual voltou as atividades para a 3ª Sessão Legislativa da 12ª Legislatura e o ano legislativo. Na oportunidade o governador entregou documento com todos os programas de desenvolvimento previstos para o novo ano.
O retrato da cidadania que significa o motivo da existência da Assembleia Legislativa. Em nome dos demais 23 deputados, Gerson Claro agradeceu as presenças e reafirmou a necessidade de manter o diálogo para a harmonia dos poderes e o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul. E anunciou, na ocasião, que os novos líderes de blocos e bancadas serão nomeados na próxima sessão ordinária.
Depois dos atos protocolares da solenidade de reabertura dos trabalhos, o presidente da Casa fez uso da palavra quando destacou o crescimento econômico e social do Estado, com atenção especial a proteção ambiental.
“Entramos em 2025 com expectativas altas para o Mato Grosso do Sul. As projeções indicam um crescimento de 6,86% no PIB do Estado, reflexo das políticas de desenvolvimento e do esforço coletivo de todos os setores. É nosso papel, como poder legislativo, continuar a criar condições favoráveis para que este crescimento se converta em mais empregos, renda e qualidade de vida para nossa população”, disse Claro.
“A Rota da Celulose é um dos projetos prioritários e grandes. Eu destacaria outros grandes projetos, que são igualmente relevantes. Um deles é a hidrovia do Paraguai, que é altamente estruturante e necessário para o Estado. Outro é a BR-163, que vai a mercado também, e é o mesmo valor da Rota da Celulose, algo em torno de R$ 7 bilhões nos quase 900 quilômetros. As ferrovias, o investimento é de R$ 22 milhões por quilômetro, e se torna tão grande quando as rodovias. E os aeródromos, destaco como os principais para o efeito logístico”, pontuou.
O governador Eduardo Riedel, apresentou em documento que repassou à Mesa do Legislativo, os projetos de desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso do Sul e anunciou um programa específico para a região do Pantanal, com foco na preservação ambiental, além de ações que serão voltadas a melhoria da infraestrutura produtiva do Estado.
“O pacto pelo Pantanal é um projeto que vai ser debatido nessa Casa, amadurecido, junto com o parlamento de Mato Grosso do Sul. Ele tem foco na preservação, mas principalmente na valorização e na monetização dessa preservação. É algo inédito no país, envolve também as populações tradicionais e todo um sistema, um arcabouço de proteção contra as queimadas”, afirmou Riedel.
O Pacto pelo Pantanal deverá ser apresentado aos deputados e lançado no mês de março. “Envolve recursos internacionais também para o Pantanal. Isso certamente deve ter regulamentação da lei do Pantanal, que já tem avançado. A gente tem pensado o Pantanal como um todo, na educação, no saneamento, na infraestrutura”, explicou o governador.
Paulo Duarte, do PSB, falou pelo Bloco 2 do parlamento
Um dos deputados que se pronunciou foi o deputado Paulo Duarte (PSB). “Governador, quando se fala sobre o crescimento fantástico, topo da média nacional, eu confesso que mesmo sendo economista, eu me encanto sobre o número das pessoas que vivem abaixo da média da linha da pobreza, portanto na miséria, que antes era 7% hoje é 2%. Avançamos, mas temos que melhorar. Se um estado como o nosso que tem intenção de ser próspero é preciso ser inclusivo. E esse será um ano de grandes debates, por exemplo com a reforma tributária, o leilão da BR 262, a concessão de hidrovia, destacou Duarte.
Pedro Kemp falou em nome do Partido dos Trabalhadores
Foto: Wagner Guimarães
Em contrapartida, os parlamentares eleitos pelo Partido dos Trabalhadores formam um bloco único e tiveram o deputado Pedro Kemp como representante a discursar. “De um lado estão os que exercem o poder-dominação. Eles fazem de tudo para fazer prevalecer sua vontade. Do outro lado, os que exercem o poder-serviço, em prol do conjunto da coletividade e submetessem-se à vontade popular. Cito aqui Donald Trump (EUA) e Pepe Mujica (Uruguai). Penso que a cada período de início legislativo é preciso nos questionar qual dos dois modelos queremos nos aproximar mais.
É um exercício de atualizar nossos compromissos com o povo que depositou suas esperanças em nossa capacidade de trabalhar pelo desenvolvimento com justiça social. Não vamos nos contaminar por aqueles que acham que tudo podem. O poder é efêmero. Nossos mandatos passam. Outros nos sucederão. O que permanecerá é o que construirmos juntos, para que possamos fazer do nosso estado um lugar para ter terra, trabalho, comida na mesa e desenvolvimento.