Na corrida à prefeitura de Campo Grande, Rose Modesto aceita apoio de candidato implicado em supostos crimes contra mulheres

A corrida eleitoral para a prefeitura de Campo Grande (MS) nem começou oficialmente, mas as contradições das alianças política já aparecem. A candidata do União Brasil e ex-tucana, Rose Modesto, está de mãos dadas com o ex-prefeito e dissidente do PSD, Marquinhos Trad (PDT), na corrida para a prefeitura.

Há uma grave contradição nessa aliança. Rose Modesto é autora da Lei 1568/19 que aumenta a pena mínima do crime de feminicídio e torna mais rígida a progressão de regime para presos condenados; e se proclama defensora dos direitos das mulheres. Marquinhos Trad deixou a prefeitura de Campo Grande, em 2022, para concorrer ao governo do Estado, carregando o fardo de inquéritos policiais e alguns processos por suspeita de assédio sexual, importunação sexual, favorecimento à prostituição, estupro e tentativa de estupro. As gravíssimas denúncias, que apontam 16 supostas vítimas, e que tramitam na Justiça, deixaram Trad isolado no contexto político regional. Agora, ele tenta ressurgir das cinzas como candidato à Câmara Municipal apoiando Rose Modesto à prefeitura. A candidata parece não se incomodar com o histórico do agora parceiro político…

O PASSADO
Em anos recentes, Marquinhos e Rose se enfrentaram no embate eleitoral com acusações e ataques mútuos duríssimos, na disputa pelo Paço Municipal. Em 2016 e 2020 ele venceu. Hoje, os dois se mostram “bons amigos”. Ao que tudo indica, o ódio do passado ficou mesmo por lá.
Rose já foi PSDB de carteirinha. Acolhida no ninho pelos caciques tucanos como vereadora, secretária de Estado, vice-governadora e deputada federal, hoje morde a mão de quem a projetou na política e tenta navegar nas ondas da direita bolsonarista, do centrão, da esquerda moderada e nas conveniências politiqueiras de Ciro Gomes, o chefão do PDT derrotado nas últimas eleições presidenciais. Destaque-se também que Rose, recentemente, fez parte do governo Lula, à frente da superintendência da Sudeco em Brasília, onde ficou até maio desse ano.
Ao ExpressNews, um político histórico, que pediu para não ser identificado na matéria, disse que nesse “pular de galho em galho”, Rose mais parece uma “alpinista política.

CIRO E O MEIO APOIO DO PDT
Ciro Gomes deve vir à Capital para subir no palanque de Rose, que até agora só tem o apoio parcial dos trabalhistas. Parcial porque não há unanimidade no PDT de Campo Grande. O deputado estadual Lucas de Lima, por exemplo, abriu o raxa e deixou a presidência da legenda quando Marquinhos se filiou, declarando na época ao jornal Correio do Estado que o apoio do ex-prefeito representa uma ingerência da “velha política” no partido.

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Respostas de 5

  1. Se isso for confirmado, V.Sa. perde o meu voto e o voto dos meus amigos. Pense bem! Esse senhor deixou obras inacabadas que tem prejudicado a cidade e a senhora vai ter coragem de associar a isso, só pra ter possibilidade de vitória? Lamentável

  2. Políticos são todos assim companheirismo entre eles, pra ferrar , cada vez mais o povo. Vergonha. Si pensam mo umbigo deles. A maioria todos falsos e mentirosos com o povo. Mas, o povo é teimoso, vira justamente nas pessoas que vão ferrar eles cada vez mais. Só Jesus, para nis salvar desses falsos.

  3. Ele é do partido do PDT, não é do partido União Brasil, o União Brasil, colocou com o PDT, para ter tempo de televisão. Como o União Brasil vai impedir alguém de está no partido? Não tem como.

  4. Ele é do partido do PDT, não é do partido União Brasil, o União Brasil, coligou, com o PDT, para ter tempo de televisão. Como o União Brasil vai impedir alguém de está no partido? Não tem como.

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