O Governo federal não está brincando quando o assunto é avanços nas questões ambientais. Mais uma prova disso vem do Ministério da Agricultura e o Plano Safra desse e dos próximos anos. Na última terça-feira (6), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, conversou com jornalistas e reforçou a posição governamental de que o Plano Safra a partir deste ano deve ser baseado em uma agricultura de baixo carbono. Agora, não tão incisivamente, mas com a proposta de, a cada ano, ir aprimorando, aperfeiçoando e tornando mais exigente essa proposta.
Mas o que é importante, segundo Carlos Fávaro é o fato de que todas as linhas de crédito do Plano Safra vão contemplar juros mais baixos àqueles produtores que produzem com boas práticas agrícolas. Dependendo do grau de aplicação das boas práticas na propriedade rural, os juros serão definidos, beneficiando com juros mais baixos aqueles produtores rurais que estão investindo mais nas boas práticas. Ou seja, as categorias que definem os juros serão divididas em níveis de atividades de cada propriedade.
O que são as boas práticas
As boas práticas são um conjunto de princípios, normas e técnicas que, quando aplicadas sistematicamente em uma propriedade agropecuária, têm como resultado um aumento da produção de alimentos e produtos agrícolas mais seguros e saudáveis. Procedimentos que visam produzir respeitando o meio ambiente, aliado à melhoria da qualidade de vida, renda e saúde do trabalhador rural, do produtor rural e de sua comunidade.
O alimento produzido num sistema de boas práticas não apresenta componentes biológicos (bactérias, vírus) ou substâncias químicas (qualquer resíduo de produto fitossanitário acima dos limites permitidos pela Anvisa) que possam causar danos à saúde. As boas práticas promovem o uso sustentável de recursos naturais e a proteção da biodiversidade.
Entre as boas práticas usadas estão: o manejo integrado de pragas e doenças; o sistema de plantio direto ou plantio na palha; o cultivo protegido; os cuidados com a água usada para a irrigação; as práticas de colheita e pós colheita; a rastreabilidade dos produtos; a certificação da produção integrada; e a certificação GAP – Good Agricultural Practices, a comprovação de que a propriedade agropecuária segue padrões de segurança do alimento e de qualidade reconhecidos mundialmente