Presidente do Banco Central vai voltar ao Senado para explicar juros estratosféricos.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou quatro requerimentos de convite ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para explicar os motivos da manutenção da atual taxa básica de juros, a taxa Selic, em 13,75% ao ano. Será a segunda vez, neste ano, que Campos Neto é convidado a falar sobre o assunto na Casa. Como é apenas um convite, Campos Neto não tem obrigação de comparecer.

Dois dias após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter, pela sétima vez consecutiva, a atual Taxa Selic, o líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), protocolou pedido para ouvir o presidente do BC. “É inaceitável que Campos Neto continue sabotando o Brasil e o povo brasileiro com a mais alta taxa de juros reais do mundo! A quem interessa impedir o crescimento econômico do nosso país?”, questionou a liderança governista. Randolfe acrescentou que não descarta outras medidas contra Campos Neto.

Também apresentaram requerimentos para ouvir Campos Neto os senadores da oposição Plínio Valério (PSDB-AM), Rogério Marinho (PL-RN) e Ciro Nogueira (PP-PI). No pedido, Marinho, que é líder da oposição no Senado, argumentou que o Banco Central já esclareceu sobre os motivos da atual taxa básica de juros. “Mesmo com a recente elucidação da matéria pelo presidente Campos Neto, defendemos o debate da problemática, bem como esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, explicou.

O presidente do Banco Central vem sendo alvo de críticas do governo, de centrais sindicais e organizações patronais devido à manutenção da atual taxa básica de juros. Na semana passada, a senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) chegou a pedir ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a exoneração do presidente do BC, “em razão do seu comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos da instituição”.

Na terça-feira (27), a ata do Copom indicou que os juros podem começar a cair a partir de agosto.

*com informações do Senado Federal

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