Premiê do Reino Unido recebe presidente Lula e anuncia R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia

Em Londres, como convidado especial para a cerimônia de coroação do rei Charles III, o presidente Lula da Silva reuniu-se com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que anunciou que a Inglaterra investirá 80 milhões de libras, cerca de R$ 500 milhões no Fundo da Amazônia. O premiê afirmou que a entrada do Reino Unido no fundo é um reconhecimento ao trabalho e à liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no tema da preservação ambiental.

De acordo com a Presidência da República, o Brasil é o quarto país que mais recebe recursos do International Climate Finance (ICF), principal programa britânico para financiamento de projetos na área ambiental, com recursos de 260 milhões de libras, cerca de R$ 1,4 bilhão.

Nas redes sociais, o presidente disse que foi “uma boa conversa” sobre as relações comerciais entre dois países, a proteção do meio ambiente e a paz no mundo. No início do encontro, em conversa aberta aos jornalistas, Lula reafirmou os compromissos do Brasil com a questão climática e o combate ao desmatamento e disse que todos precisam cumprir os acordos internacionais firmados no âmbito das Nações Unidas.

Lula agradeceu ao premiê britânico pelo aporte ao Fundo Amazônia e afirmou que este é o momento de “tentar restabelecer uma normalidade” nas relações entre o Brasil e o Reino Unido. Para o presidente, há “possibilidades enormes” de aumento das trocas comerciais entre os dois países.

No ano passado, o comércio bilateral movimentou US$ 6,5 bilhões, alta de 15% em comparação com 2021. As exportações brasileiras para os britânicos somaram US$ 3,7 bilhões, porém representam menos de 2% do total das vendas externas do país. As importações foram US$ 2,8 bilhões. O saldo é favorável ao Brasil. As áreas com mais investimento do Reino Unido são extração, financeira e transporte.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os corpos de bombeiros militares (em seus programas de proteção florestal) e órgãos ambientais estaduais estão entre as instituições financiadas pelo fundo. Responsável pelo monitoramento ambiental por satélites, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também é apoiado pelo fundo. Além disso, os governos dos estados podem ter projetos aprovados. Por exemplo, entre 2011 e 2017, o governo amazonense recebeu R$ 17,5 milhões para reflorestamento no sul do estado, região sob intensa pressão de desmatamento.

No fim de abril, em visita aos Estados Unidos, Lula também recebeu o apoio americano de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia em cinco anos. O financiamento, voltado para a proteção ambiental, ainda deve ser negociado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, com o Congresso do país.

Fonte: Agência Brasil/EBC

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