As empresas petrolíferas aumentaram os preços dos combustíveis na Argentina em cerca de 27% nesta quarta-feira, um aumento que se soma aos aumentos que totalizaram 67% em dezembro passado.
A semiestatal Yacimientos Petroliferos Fiscales (YPF), que controla 55% do mercado varejista nacional, aumentou os valores da gasolina e do diesel em média 26% em todo o país, somando-se aos aumentos estabelecidos por outras petrolíferas, como Shell, Axion e Puma.
Este é o primeiro aumento do ano e o terceiro em menos de um mês, depois de, nos dias 8 e 14 de dezembro, a YPF ter anunciado um aumento de 30% e 37%, respetivamente.
Os novos valores permaneceram em média em 702 pesos (cerca de US$ 0,86) para a gasolina super, 868 pesos (cerca de US$ 1,07) para a gasolina premium, 750 pesos (cerca de US$ 0,92) para o diesel comum e 944 pesos (cerca de US$ 1,16) para o diesel premium, informou a agência de notícias estatal Télam.
Ônibus e trens retomam o ritmo de aumentos mensais atrelados à inflação a partir de 15 de janeiro, conforme previsto pelo governo na Resolução 8/2023, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial. A medida ocorre no mesmo dia do aumento de 27% nos combustíveis e dois dias após o último aumento nas tarifas de ônibus, informa o jornal argentino Página12.
O aumento “ocorre dias depois de o Ministério da Energia ter autorizado, na quinta-feira passada, aumentos de 34,44% para o preço de compra do biodiesel, 33,65% para o bioetanol produzido a partir da cana-de-açúcar e 28,45% para os produzidos a partir do milho”.
Em todo o ano de 2023, os valores dos combustíveis aumentaram 260%, segundo o presidente da Câmara dos Empresários de Combustíveis, Raúl Castellanos.
Os aumentos dos preços desde a posse de Javier Milei na Presidência da Argentina devem fazer a inflação superar 30% em dezembro e um patamar muito superior em janeiro.