Pesquisa Febraban-Ipespe aponta que 7 em cada 10 brasileiros dizem que a vida melhorou em 2023

elação ao país, a maioria dos brasileiros (51%) se declara otimista em relação à melhoria do Brasil este ano
O brasileiro mantém, ao final do primeiro quadrimestre do ano, o otimismo em relação à sua vida pessoal. A rodada de abril da pesquisa RADAR FEBRABAN, Pesquisa Febraban-Ipespe, mostra que 70% dos brasileiros acreditam que sua vida vai melhorar este ano, particularmente as mulheres (72%) e os jovens de 18 a 24 anos (81%). Da mesma forma, embora com percentuais em patamar menor, a maioria dos entrevistados (51%) permanece com sentimentos positivos sobre a melhoria do país ao longo de 2023.

A pesquisa também registra que a maioria da população continua encarando o novo governo positivamente. Olhando para o futuro próximo, a expectativa expressamente positiva (ótimo e bom) é de 51%, com oscilação de mais 2 pontos, um percentual muito parecido com o da Aprovação atual (52%). Menos de um terço (27%) são mais pessimistas e consideram que será ruim e péssimo.
Realizada entre os dias 14 e 19 de abril, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia as expectativas dos brasileiros sobre este ano, tanto em relação à vida pessoal, quanto em relação à política e à economia do país, e mensura como a população encara o PIX, o Open Finance e os golpes de engenharia social. A pesquisa também tem uma versão regional, com as opiniões de cada uma das cinco Regiões brasileiras.

Sobre o sentimento da população em relação ao governo federal, a pesquisa mostra que, ao final do primeiro quadrimestre, mais da metade dos entrevistados seguem aprovando o Governo do Presidente Lula. Oscilando positivamente na margem de erro, são agora 52% os que declaram aprovar o Governo, enquanto 38% desaprovam, também com variação na margem de erro comparativamente ao bimestre anterior.

“Por óbvio, lembro que os quesitos Avaliação e Aprovação estão bastante relacionados e entre os que avaliam o Governo como ótimo e bom, 94% o aprovam, enquanto no contingente que o classifica como ruim e péssimo a desaprovação é de 98%”, lembra o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, que complementa: “A maior parte (45%) dos que avaliam como regular ou não emitem opinião, quando instados a se posicionar dicotomicamente, aprovam o Governo Lula contra 32% que desaprovam”.

Com relação ao dinheiro que sobra no orçamento, a população continua privilegiando investimento na compra de imóvel (35%), consolidando a tendência verificada desde setembro de 2021. Em segundo e terceiro lugares, aparecem a aplicação em outros investimentos bancários (22%) e na poupança (21%).
Os números a respeito do Pix são superlativos: 77% usam e, destes, 89% aprovam. Esse meio de pagamento é majoritariamente utilizado para efetuar e receber pagamentos. As transferências, sejam de realização, sejam de recebimento, são outra função muito utilizada.
 
Seguem os principais resultados do levantamento:
GOVERNO
Aprovação
Mais da metade dos entrevistados seguem aprovando o Governo do Presidente Lula; 52% declaram aprovar o Governo, enquanto 38% desaprovam. O saldo da Aprovação é de 14 pontos positivos.
Em quase todos os estratos demográficos a Aprovação fica acima de 50%, exceto entre os homens (49%) e na faixa etária de 25 a 44 anos (48%). Os níveis mais altos de Aprovação estão no segmento feminino (54%), entre os jovens de 18 a 24 anos (56%) e os de menor renda (54%).
Avaliação
Na questão de Avaliação, a opinião expressamente positiva (ótimo e bom) sobre o Governo Lula é de 39%. Praticamente os mesmos percentuais de entrevistados, em relação à rodada anterior, avaliam o Governo como regular (28%) e como ruim e péssimo (28%). Vale lembrar que a avaliação expressamente positiva obtida pelo Presidente nesse 1º quadrimestre é quase igual ao percentual de sua votação no segundo turno calculado sobre o total do eleitorado. Nas urnas Lula obteve 38,6% contra 37,2% do seu adversário.
Desempenho futuro
Sobre o desempenho futuro do Governo, a expectativa expressamente positiva (ótimo+bom) é de 51%. Consideram que o Governo será regular no restante do mandato 17%. E menos de um terço (27%) são mais pessimistas (acham que será ruim e péssimo).
Áreas de atuação
Áreas que merecem mais atenção do governo:
•Saúde:(25%);
•Emprego e Renda (21%);
•Educação (18%);
•Custo de Vida (10%).
 
VIDA PESSOAL E FAMILIAR
O otimismo na dimensão da vida pessoal e familiar permanece muito elevado. Sete em cada dez brasileiros (70%) acreditam que sua vida vai melhorar em 2023. O público mais otimista sobre o futuro são as mulheres (72%) e os jovens de 18 a 24 anos (81%).
As expectativas de recuperação da vida financeira pessoal e familiar, no cenário pós-pandemia, são positivas para um pouco mais da metade dos entrevistados (55%) – que afirmam já ter se recuperado (20%) ou estar a caminho de se recuperar esse ano (35%). Para 27% as finanças pessoais irão se recuperar somente a partir de 2024; 6% não vislumbram recuperação; e 8% dizem que sequer foram afetados.
 
PAÍS
A maioria dos brasileiros (51%) também se declara otimista em relação à melhoria do país. Os mais confiantes são novamente as mulheres (54%), os que estão na faixa etária de 45 a 59 anos (54%) e aqueles com escolaridade universitária (53%).
Quanto à economia do país, as perspectivas de recuperação são vistas mais como de médio e longo prazos, com 53% afirmando que o Brasil irá se recuperar a partir do próximo ano e 10% projetando que a economia não irá se recuperar. Para outra parcela de 10% já houve recuperação econômica e 22% acreditam que isso irá ocorrer ao longo de 2023.
A crença de que a retomada do crescimento acontecerá em 2023 é de 34%, sendo que 15% avaliam que isso já aconteceu e 39% que o Brasil só vai voltar a crescer a partir do ano que vem. Para 8%, o país não voltará a crescer.
 
EXPECTATIVAS PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES
•Desemprego: crescimento de 4 pontos no contingente que acredita em aumento (32% para 36%), embora continue predominante a expectativa de redução (40%, nos dois momentos);
•Acesso ao Crédito: oscilação de menos 1 ponto na opinião de que vai aumentar (39% para 38%) e de mais 1 ponto no prognóstico de diminuição (25% para 26%);
•Poder de Compra: movimento de mais 3 pontos na percepção sobre aumento (35% para 38%) e de menos 2 pontos com relação à queda do poder de compra.;
•Inflação e Custo de vida: a variação de mais 2 pontos na perspectiva de alta da inflação (47% para 49%) e de queda (26% para 28%) resulta em estabilidade nesse aspecto;
•Taxa de Juros: discreto aumento de 2 pontos na percepção de que irá diminuir (21% para 23%) e recuo de 1 ponto na projeção de aumento dos juros (51% para 50%,) que segue majoritária;
•Impostos: predomina a expectativa de que poderão ser aumentados, tendo oscilado de 57% para 59%, ao passo que a opinião sobre diminuição dos impostos variou de 16% para 15%;
•Salário-mínimo: após o anúncio oficial reduziu-se a percepção de que haverá aumento do SM (46% para 39%), acompanhada da opinião preponderante de que ficará igual (43% para 50%);
•Bolsa Família: não houve alteração na percepção sobre o acesso ao programa, permanecendo o mesmo contingente que acredita no aumento do acesso ao benefício (37%) e, de outro lado, que teme sua diminuição (21%); e para 34% o acesso ficará igual.
 
ENDIVIDAMENTO
Sobre o nível de endividamento da população, o montante que acredita que estará menos endividado em 2023 do que em 2022 (44%) sofreu queda de 9 pontos no comparativo com o levantamento do bimestre anterior (em fevereiro eram 53%). Outros 36% acreditam que seu endividamento estará no mesmo nível (fevereiro: 31%); e apenas 16% imaginam estar mais endividados, praticamente o mesmo percentual de antes (15%).
 
INFLAÇÃO
Segue predominante a percepção de que, “nos últimos seis meses”, os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito, com discreta variação de 3 pontos em relação a fevereiro: 67% opinam que aumentaram ou aumentaram muito (fevereiro: 64%); um quinto (20%) acham que ficaram iguais (24% em fevereiro); e uma fatia menor de entrevistados (12%) considera que diminuíram ou diminuíram muito (10% em fevereiro).
Onde a população percebe maior impacto da inflação:
•consumo de alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico (70%);
•preço dos combustíveis (32%);
•o pagamento de serviços de saúde e remédios (26%);
•juros de cartão de crédito, financiamentos e empréstimos (12%).
 
COMPRAS COM SOBRAS NO ORÇAMENTO
Qual seria o destino de eventuais sobras no orçamento dos brasileiros.
•compra de imóvel como primeira alternativa (35%);
•aplicação em outros investimentos bancários, fora a poupança (22%);
•poupança (21%);
•reforma da casa (19%);
•cursos e educação pessoal e da família (16%);
•viagens (13%).

Fonte: Febraban

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