Pantanal TECH MS surpreendeu em público e qualidade dos produtos em exposição

A feira tecnológica com foco na sustentabilidade Pantanal TECH MS provou ser um sucesso desde o primeiro dia do evento, na sexta-feira (28), com público acima do esperado e muitas novidades nos estandes dos expositores. Teve chef famoso fazendo comida com ingredientes locais para os presentes, galope pelas planícies pantaneiras utilizando óculos de realidade virtual, troca de experiência e saberes nas palestras, oficinas, simpósios e nas vitrines tecnológicas que são amostras de técnicas, manejos e produções agropecuárias sustentáveis indicadas para o Pantanal.

A Pantanal TECH MS foi idealizada e realizada pela Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação e seus órgãos vinculados, tendo apoio de diversas instituições públicas, organizações da sociedade civil e empresas. A feira aconteceu no Campus da Uems de Aquidauana, no distrito de Camisão, em um cenário que tem o morro do Paxixi como painel de fundo.

Logo no início da manhã da sexta-feira o público começou a chegar de diversos municípios de Mato Grosso do Sul, sobretudo da região pantaneira, e também de outros Estados. O secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna (um dos organizadores do evento), calcula que cerca de 5 mil pessoas visitaram a feira no primeiro dia. E a previsão era de que no sábado, segundo e último dia da feira, o número de visitantes chegaria a 8 mil pessoas, superando muito a previsão dos organizadores. E se confirmou.

“Todas as pessoas com quem conversei estão admiradas pela dimensão do evento. Com certeza, para o ano que vem, a Pantanal TECH terá no mínimo quatro dias. É um convite às empresas e instituições, bem como à população em geral, para conhecer o ecossistema local, o charme da serra, provar e conferir o que o pantaneiro já produz e enriquecer essa experiência com novas oportunidades, tecnologias que agreguem e reforcem a diretriz de sustentabilidade”, disse o secretário.

Para o reitor da Uems, Laércio Carvalho, o evento está “excelente”, o que pode ser mensurado pela satisfação das pessoas que participaram no primeiro dia. “Todos demonstrando seu interesse, seu trabalho em prol de um Pantanal cada vez mais inovador, tecnológico e com produção sustentável. Que possamos melhorar ainda mais esse evento e avançar nas grandes pautas para o Pantanal”, afirmou. Além de ampliar o tempo da feira, para o próximo ano o reitor promete também novas vitrines tecnológicas, experimentos inovadores, transmissões ao vivo das palestras e, possivelmente, transformar a Pantanal TECH num evento internacional.

Comida típica

Instalada em um espaço longe da área urbana, no campus da Uems que fica cerca de 12 quilômetros distante da cidade de Aquidauana, para quem pensou que seria um problema conseguir comida na Pantanal TECH MS, enganou-se. Tinha muita comida e das boas. Além de uma praça de alimentação com opções variadas no corredor central, num espaço um pouco mais afastado foram instaladas várias cozinhas de comitiva que preparavam na hora as refeições típicas do povo pantaneiro: arroz carreteiro, feijão, macarrão, farofa, mandioca, tudo preparado com tempero e técnicas da cozinha regional.

Nos estandes havia uma infinidade de produtos para serem apreciados ou comercializados. Só no corredor de produtos artesanais organizado pelo Cozinha Show, um projeto do Ministério de Desenvolvimento Agrário, havia 40 expositores de Mato Grosso do Sul e também de outros Estados. O Cozinha Show trouxe, ainda, um espetáculo muito apreciado pelo público: demonstrações de preparo de pratos rápidos que depois eram distribuídos entre os presentes. Quem comanda a equipe é a chef Tia Zélia, de Brasília, auxiliada por outros três chefs: Zeca Amaral, também de Brasília; Thiago Gatto, do Rio de Janeiro, que já participou do programa Master Chef da TV Bandeirantes; e Jefferson Ribeiro, de Naviraí, Mato Grosso do Sul.

Abelha pet

Nos demais estandes há abundância de produtos em exposição. Só na Estação de Nutrição Animal, por exemplo, que ocupou um enorme pavilhão, foram alocados 14 expositores demonstrando sementes e tecnologias para a pastagem e ganho de massa animal. Instituição com atuação ativa no meio rural, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), esteve presente com um estande oferecendo amostras de produtos da Agricultura regional, como plantas medicinais, flores tropicais e alternativas interessantes para os pequenos produtores rurais.

Chamou a atenção a exposição de abelhas sem ferrão e seus produtos, como mel, própolis, pólen e cosméticos produzidos a partir desses derivados. A Agraer identificou 36 espécies de abelhas sem ferrão produtoras de mel em Mato Grosso do Sul e levou quatro amostras de colmeias para a feira. Uma delas se destaca, a abelha lambe-lambe, ou leurotrigona muelleri (nome científico). Apesar de ser a menor: mede poucos milímetros, assemelhando-se aos mosquitinhos lambe-lambe, e até pelo tamanho da colmeia que ocupa um espaço equiparado a duas caixas de fósforos, essa abelha pode ser criada em apartamentos, com pet.

A zootecnista da Agraer Jovelina Maria de Oliveira, responsável pela pesquisa com abelhas sem ferrão, assegura que uma colmeia da lambe-lambe pode ser comercializada por R$ 600 ou até R$ 1 mil. Junto com o estojo contendo a colmeia a pessoa recebe um manual de instruções para o manejo adequado. Por se tratar de um inseto muito frágil, é preciso mantê-las num ambiente saudável, livre de produtos químicos. Mas Jovelina garante que o trato é simples e a  lambe-lambe tem grande chance de se transformar em destaque da decoração verde dos
apartamentos.

Vitrines

 

Outro ponto alto da primeira edição da Pantanal TECH MS foram as vitrines tecnológicas, num total de 17. Consistem em mostras de experimentos de pesquisadores da própria Uems ou entidades parceiras na produção sustentável de peixes, aves, bovinos, ovinos, suínos, horticultura, fruticultura, irrigação, técnicas de conservação do solo, controle biológico de doenças de plantas, tudo direcionado para o bioma. As vitrines ficaram localizadas distantes da feira, por isso a Uems colocou dois ônibus para levar os interessados em conhecer os experimentos. Com viagens contínuas durante todo o dia, a visitação completa demora cerca de 1 hora.

Na vitrine “Centro de Produção de Peixes do Pantanal Sul”, por exemplo, os visitantes conhecerão uma máquina para contar alevinos através de um scanner, facilitando em muito o trabalho dos piscicultores. Outra máquina, um alimentador automático que pode ser programado e está instalado no centro do tanque, distribui a ração no intervalo de tempo exato e na quantidade suficiente, o que ajuda no crescimento dos peixes.

Na vitrine “Erosão hídrica em diferentes sistemas de uso e manejo do solo”, os pesquisadores da Uems testam a capacidade de resistência do solo com espécies de milho e soja, plantadas em distâncias diferentes, e também outras formas de manejo para descobrir qual a maneira mais adequada de cultivo que garanta a integridade do solo e melhor aproveitamento dos nutrientes pelas plantas.

Palestras e shows

Por fim, outros componentes fundamentais de uma feira não poderiam faltar na Pantanal TECH MS: palestras, conferências, painéis temáticos, que aconteceram durante todo o dia na arena Paxixi, a maior, na areninha Paxixi, ambiente fechado, e em sete salas menores. E à noite teve apresentações culturais. Na primeira noite as atrações foram o cantor Gabriel Sater e o Trio Violada e nesse sábado (29) haverá a Noite Temática Pantaneira.

(Comunicação Semadesc)

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