Pantanal – Nível do rio Paraguai ultrapassa média dos últimos cinco anos.

Dados de monitoramento da Marinha do Brasil sobre as águas do rio Paraguai, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, indicam aumento considerável do volume hídrico. A informação chega como “boa notícia”, para os pesquisadores da organização não governamental ECOA – Ecologia e Ação. No comparativo com os últimos 5 anos, o nível de água ultrapassa os registros anteriores em toda sua extensão, que vai de Cáceres (MT) a Porto Murtinho (MS).

As informações fornecidas pela Marinha são analisados pelos pesquisadores e técnicos da ECOA com o objetivo de traçar cenários do Pantanal e os  efeitos sobre sua biodiversidade, suas comunidades e a economia local.

Nos últimos quatro anos, a região central da América do Sul tem vivido uma crise hídrica. Em algumas regiões, essa escassez de água vem de uma década para cá. Países como Chile, Paraguai e no Brasil em regiões como São Paulo e no pantanal mais severamente, entre 2018 e 2019 a falta de água se agravou, segundo acompanhamento técnico da ECOA.

Em relação ao pantanal sul-mato-grossense, não foram registradas cheias suficientes para a renovação do ecossistema, o que provocou o agravamento dos incêndios florestas nos últimos 3 anos. “Por isso, a enorme importância do rio Paraguai estar com bastante água para descer do Cuiabá (rio), fazendo com que esses sistemas ajudem um ao outro a manter a abundância hídrica. Grandes áreas úmidas no campo, especialmente na planície, prorrogam a possibilidade de alguém atear fogo ou mesmo provocar incêndios”, alerta o diretor presidente da ECOA, André Luiz Siqueira.

Mesmo assim, o estado de alerta sobre o pantanal continua. Segundo Siqueira, dados do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o que vai determinar as condições favoráveis ou não para o pantanal é o fenômeno El Niño, já previsto a ocorrer em intensidade na região Centro-Oeste.

*Ecoa – Ecologia e Ação é uma organização não governamental que atua no pantanal desde 1989.
Fonte/Foto: ECOA – Ecologia e Ação

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