No Dia Mundial da Alimentação, a importância da refeição saudável para prevenção de doenças

Para marcar a passagem do Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, é fundamental uma reflexão e uma análise de como estamos nos alimentando no nosso dia a dia. Uma coisa é certa, do que nos alimentamos depende nosso futuro, se cheio de doenças ou se teremos uma terceira idade mais tranquila, sem tantas dores e problemas graves de saúde como pressão alta, diabetes, sobrepeso (que acarreta inúmeros problemas) e as demências.
Uma refeição saudável e equilibrada é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida, por isso, o dia 16 de outubro é destinado ao ‘Dia Mundial da Alimentação’. Criado em 1981 pela ONU (Organização das Nações Unidas), a data tem como principal objetivo conscientizar a população a respeito da importância do tema, além de informar sobre assuntos como segurança alimentar e nutricional.
A ação é desenvolvida anualmente sob quatro pilares: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida. Para o ano de 2023, a temática escolhida foi “Água é vida, água é alimento. Não deixe ninguém para trás”, abordando a necessidade de acesso para todos.
No Brasil os dados em relação a alimentação se mostram preocupantes. Segundo levantamento realizado pela ONU, aproximadamente 21,1 milhões de brasileiros encontravam-se em condição de insegurança alimentar grave – falta de acesso a alimentos, considerando os anos de 2020 a 2022.
Já em Mato Grosso do Sul, é a obesidade que chama a atenção. Conforme dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), no ano de 2022, cerca de 38,32% da população adulta do estado apresentou quadro de obesidade, ao mesmo tempo que 33,6% estavam em situação de sobrepeso.
Ainda, dados extraídos do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), apontam que no mesmo ano cerca de 7 a cada 10 pessoas atendidas na APS (Atenção Primária à Saúde), apresentaram excesso de peso no estado.
O nutricionista e técnico da coordenadoria das Doenças Crônicas da SES, Anderson Holsbach, explica que o acompanhamento do peso corporal de uma pessoa é extremamente complexo. “É necessário levar em consideração fatores além de ingestão calórica, quando se fala no curso da obesidade é necessário considerar as influências genéticas, psicossociais e socioeconômicas do indivíduo”.
De acordo com a nutricionista da gerência de Alimentação e Nutrição da SES, Gláucia da Silva Nunes, uma alimentação apropriada é composta por alimentos in natura, frutas, verduras, legumes e minimamente processados como arroz integral, grãos, carnes, leite, entre outros.
“Estes alimentos fornecem todos os nutrientes essenciais para proteção do organismo contra diversos tipos de doença como problemas cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes mellitus e câncer, já que se consumidos diariamente, fornecem os nutrientes essenciais para a formação das células de defesa”, afirma a profissional.
Para o estudante de engenharia mecânica, Gabriel Ferreira da Silva, que tem sua rotina baseada em uma alimentação saudável, aliada à prática de esportes, os benefícios dessa rotina têm sido significativos.
“Atualmente faço musculação na academia e corrida, tudo isso juntamente com uma alimentação bem balanceada sem exageros, sempre com bastante salada e comidas bem equilibradas. Isso me gerou mais disposição para atividades diárias, e aumento de rendimento no trabalho e no estudo, o foco fica melhor, tudo realmente melhora”, pontua.
Também para a técnica de faturamento, Débora Barbosa, que há dois anos tomou a decisão de acrescentar verduras, legumes e frutas em sua rotina diária, as mudanças foram marcantes.
“Ao adotar uma alimentação mais saudável, meu corpo passou a funcionar melhor. Atualmente sinto que tenho uma qualidade de vida muito boa sem precisar comer exageradamente coisas que não acrescentam bons nutrientes ao meu corpo”.
Como ter uma alimentação saudável?
Tanto a SES quanto o Ministério da Saúde recomendam 10 passos para ter uma alimentação saudável. Confira:
• Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
• Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
• Limitar o consumo de alimentos processados;
• Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
• Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
• Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
• Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
• Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
• Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
• Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

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