O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu usar a presidência do Brasil no G20, em 2024, para desenvolver ações da força-tarefa que objetiva a mobilização global contra as consequências drásticas nas mudanças do clima. Na Cúpula de Líderes do G20, em Nova Delhi, na Índia, Lula afirmou que a promessa nunca foi cumprida. De nada adiantará o mundo rico chegar às COPs do futuro vangloriando-se das suas reduções nas emissões de carbono se as responsabilidades continuarem sendo transferidas para o sul global”, disse.
Lula também defendeu o maior uso de fontes de energia renováveis e do biocombustível.
No fim da tarde deste sábado (9), ele lançará, ao lado do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do presidente americano, Joe Biden, a Aliança Global de Biocombustíveis – uma tentativa de promover o etanol e outros combustíveis verdes em mais nações.
A Força-tarefa estabelecida pela presidência brasileira na reunião do G20 no Brasil, vai consolidar os resultados dos diversos grupos de trabalho e articular respostas coordenadas com os países-membros, que devem se comprometer em restaurar a confiança na capacidade internacional de responder às emergências climáticas.
A Força-Tarefa promoverá um amplo debate sobre o alinhamento do setor financeiro às metas de longo prazo do Acordo de Paris, com participação de governos, bancos centrais, reguladores financeiros, bancos comerciais e de desenvolvimento, instituições financeiras internacionais, investidores institucionais e outros atores financeiros. O objetivo será delinear, tendo por base o trabalho já desenvolvido nos grupos do trilho financeiro, estratégias colaborativas, incluindo abordagens regulatórias e compromissos voluntários, para acelerar a mobilização de recursos ao desenvolvimento sustentável e ao combate à mudança do clima. “Precisamos transformar as finanças em um motor que vai mover um novo modelo econômico com base em uma energia mais limpa” afirmou Luciana Ribeiro, líder do grupo que lidera a força-tarefa.
*O G20 ou Grupo dos 20, criado em 1999, é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia.