Lula e Riedel assinam Lei que institui o plano de manejo e defesa dos biomas Pantanal e Amazônia

O presidente Luis Inácio Lula da Silva assinou ontem, em Corumbá, juntamente com o governador Eduardo Riedel e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a Lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que tem como objetivo central proteger e organizar o combate ao fogo nos biomas brasileiros, em especial, no Pantanal e na Amazônia.

Antes da solenidade de assinatura, acompanhado da ministra Marina Silva, em helicóptero do Ministério da Aeronáutica, o presidente da República fez um demorado sobrevoo sobre o Pantanal, acompanhando do alto o trabalho dos brigadistas e demais membros das equipes que combatiam focos de fogo em vários pontos da área atingida. Lula disse ter ficado emocionado e tocado ao ver o esforço dos brigadistas e todos aqueles que estavam em ação. “Hoje eu sei o que vive um brigadista do fogo, por isso rendo aqui minhas homenagens sinceras a todos os que estão trabalhando aqui no Pantanal para combater os focos”. Segundo Lula, isso prova mais uma vez que a gente tem que sair dos gabinetes, “temos que ver de perto o trabalho de todos vocês, verdadeiros heróis”.

Durante a cerimônia de sanção da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, o governador Eduardo Riedel ressaltou a importância do trabalho que vem sendo feito, inclusive o trabalho que vem sendo feito desde que foi sancionada a Lei do Pantanal, que foi fundamental para o combate e controle das chamas hoje.

A assinatura de sanção da nova lei, que é federal, contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de outras autoridades federais, estaduais e municipais.

Riedel comentou sobre a Lei do Pantanal

“É uma caminhada que estamos desde o ano passado. Em agosto ou setembro tive o primeiro contato com a Marina sobre o Pantanal de Mato Grosso do Sul, e foi em uma condição adversa”, cita o governador, lembrando todo o processo de suspensão de licenças e debate para criar a Lei do Pantanal, uma legislação moderna que ouviu comunidades originárias, setor ambientalista e produtores para ser apresentada e executada, em total consenso.

Riedel ainda rememora que em fevereiro já se tinha ideia que as condições climáticas em 2024 seriam desfavoráveis ao Pantanal, com um forte calor e seca potencializando os efeitos dos incêndios florestais. “Uma ameaça iminente que fez com que nos preparássemos, aglutinando forças. Criamos a sala de situação do Corpo de Bombeiros e nos articulamos para fazer um trabalho de maneira integrada como o que está sendo feito hoje”, comenta.

De acordo com o governador, dos 15 milhões de hectares do Pantanal, menos de 1 milhão foram comprometidos pelo fogo. Esse número poderia ser maior se não houvesse uma ação coordenada por trás. “Se não fosse essa estrutura [tanto estadual como federal], essa luta diária de enfrentamento, seguramente estaríamos com o dobro disso [área queimada] e caminhando para um desastre pior do que vimos em 2020”, frisou Eduardo Riedel.

O agradecimento ao presidente Lula

Antes de encerrar sua fala, o governador sul-mato-grossense agradeceu o apoio federal, a atenção do presidente da República e de todo o Governo federal com o Mato Grosso do Sul. Citou o empenho de recursos financeiros, humanos e de equipamentos para o combate, falando se tratar de um gesto de “grandeza política” com um ente federativo, focando no resultado da missão que é combater os incêndios florestais no Pantanal Sul-mato-grossense.

“Sabemos do nível de comprometimento dos nossos bombeiros e dos brigadistas, e que cada dia mais façamos essa preservação. São 15 milhões de hectares de um patrimônio da humanidade, o único bioma do Brasil com 93% de sua biodiversidade ainda preservado”, conclui.

Ação conjunta prossegue

O Presidente Lula também deu foco ao trabalho com todas as forças unidas e destacou a singularidade do Pantanal, que é um patrimônio da humanidade e assim deve ter toda a atenção das autoridades para a sua preservação. “Fiquei emocionado vendo lá de cima, do helicóptero, o fogo na vegetação e os brigadistas e bombeiros tentando apagá-lo. Eu e a Marina ficamos com os olhos marejados”, afirmou.

“É um trabalho unitário entre os entes federados. E é assim que deve ser. Pode ter certeza, Riedel, que da minha parte MS será tratado pensando de forma republicana. Pode ter certeza que seremos parceiros por muito tempo”, finaliza o presidente ao discursar sobre todo o trabalho conjunto que vem sendo desenvolvido.

Já a ministra Marina Silva, que também agradeceu aos esforços locais em conjunto para combater os incêndios florestais no Pantanal, frisou que isso “estabeleceu uma lógica que o fogo não é federal, não é estadual e nem municipal. É algo que deve ser combatido e manejado de forma adequada” e destacou os números relativos ao trabalho realizado no bioma.

Segundo Marina, entre os incêndios de maior proporção 45 já foram extintos e outros 36 estão em fase de combate – sendo que dentre esses últimos 20 estão sob o status de controlado. Cerca de 890 profissionais das esferas estadual e federal estão envolvidos no combate, incluindo Corpo de Bombeiros, Ibama, ICMBio, Força Nacional, Forças Armadas, entre outros.

Além disso, 555 animais já foram resgatados, R$ 157 milhões liberados em medida provisória do Governo Federal e distribuídos para ações dos ministérios do Meio Ambiente, Defesa e Segurança, além de Ibama e ICMBio. “Isso se soma ao esforço hercúleo dos brigadistas na linha de frente, que lutam contra os efeitos das mudanças climáticas que potencializam essa situação, e que este ano se antecipou e começou dois meses antes, em junho”.

Por fim, o presidente Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Rodrigo Agostinho, foi outro que participou da cerimônia e agradeceu ao trabalho conjunto e coordenado do Governo de Mato Grosso do Sul com o Governo Federal. “Todo esse esforço em defesa a um dos maiores patrimônios da humanidade que é o Pantanal”, conclui.

(Da Redação)
(Com informações da Comunicação Gov MS)

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