O consumo de peixe no Brasil cresceu desde o início da Semana do Pescado em 2004. O evento criado pelo Ministério da Pesca e, que atualmente está sob a organização do próprio setor produtivo, viu aumentar o consumo de 6,5 quilos por habitante ao ano para 10 quilos por habitante/ano – um aumento de 65%.
A programação geral da Semana do Pescado foi lançada em 1º de setembro no plenário da Assembleia Legislativa de MS, às 10h. Em Mato Grosso do Sul, a iniciativa acontece durante os dias 1 e 15 de setembro com uma programação extensa que vai desde descontos em supermercado, bares, restaurantes até palestras e encontros de negócios do setor produtivo.
O evento já é considerado a “segunda quaresma” para os produtores de pescados, além disso, une toda a cadeia produtiva do setor. O objetivo macro é tornar a carne de pescado uma prática cotidiana do brasileiro, bem como estimula o consumo de produtos e afins da pesca e aquicultura, atividades que envolvem milhares de pessoas em todo o Brasil. A proposta busca ainda desmistificar que o pescado é um produto de difícil preparo, limpeza e armazenamento, bem como, que o consumo deve estar atrelado somente a datas especiais.
De acordo com o superintendente da pesca e aquicultura de Mato Grosso do Sul, Júlio ‘Buguelo’, que assumiu a pasta em abril deste ano, a Semana do Pescado é uma das iniciativas mais expressivas do calendário estadual quando o assunto é setor produtivo. “Temos uma diversidade de produtos, entre os frescos, congelados e até os processados, que estão à disposição do consumidor em peixarias espalhadas por toda nossa capital campo-grandense, por exemplo, além das redes de mercado que trabalham com a carne do pescado que vem de inúmeras partes do País”, pontua e complementa: nosso foco é na boa qualidade e sustentabilidade dos produtos, sem esquecer dos incentivos, estes essenciais para que o produtor tenha boas condições para produzir, independente da sua escala”.
Exportações
O pescado apresenta-se também como um dos produtos de origem animal com elevado crescimento mundial e brasileiro em relação à sua produção e consumo. Para ter uma ideia, o Mato Grosso do Sul respondeu por 1,34% da receita brasileira com exportações de carne de tilápia e ocupa o 4° lugar no ranking nacional das exportações da carne.
Se considerarmos que o agronegócio de Mato Grosso do Sul exportou US$ 5,12 bilhões no período e o resultado é 27,74% maior que o valor de igual período de 2022 em que a receita havia sido de US$ 4,01 bilhões, o pescado tem muito espaço para crescer. A participação do agronegócio representa 96,18% em relação a tudo que o estado exportou no período.