Itaipu Binacional e Embrapa pedem apoio da comunidade para desenvolver pesquisa sobre solo

Pesquisadores da Itaipu Binacional e da Embrapa, devidamente identificados,
precisam da colaboração dos produtores rurais para adentrar propriedades
particulares em diversos municípios do Mato Grosso do Sul, a partir do dia 14
de outubro.

A iniciativa faz parte do Programa Ação Integrada de Solo e Água (AISA), uma
parceria da Embrapa, Itaipu Binacional, Instituto de Desenvolvimento Rural do
Paraná (IDR-PR) e Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da
Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Os técnicos estarão com veículos
identificados e crachás das empresas participantes do estudo, com a
logomarca do AISA. Com o apoio de produtores, a pesquisa já passou por 89
propriedades, descrevendo 89 perfis de solos. Futuramente, os resultados
serão divulgados à sociedade.

A permissão para acesso às áreas de produtores é essencial para que as
equipes técnicas continuem o estudo em campo sobre solos da região, iniciado
no ano passado. O projeto busca entender como os solos armazenam água da
chuva, beneficiando tanto a produtividade das plantações quanto a
preservação dos rios e nascentes que abastecem reservatórios, como o da
usina de Itaipu.

Nesta etapa, entre 14 e 25 de outubro, as visitas começarão pelos municípios
de Juti, Naviraí, Itaquiraí e Novo Horizonte do Sul. Também estão no escopo
do estudo: Amambai, Angélica, Aral Moreira, Batayporã, Caarapó, Coronel
Sapucaia, Deodápolis, Douradina, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Glória
de Dourados, Iguatemi, Itaporã, Ivinhema, Japorã, Jateí, Laguna Carapã,
Maracaju, Mundo Novo, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Paranhos,
Ponta Porã, Rio Brilhante, Sete Quedas, Sidrolândia, Tacuru, Taquarussu eVicentina.

Do campo para o produtor

O trabalho irá subsidiar a criação de um Mapa de Solos (em escala 1:100.000)
e de um Mapa do Potencial Natural de Erosão dos Solos. Serão gerados
dados sobre a infiltração e a condutividade hidráulica de água no solo,
qualidade física do solo (densidade, porosidade, retenção de água, entre
outros) e fertilidade química (teores de nutrientes pH, cálcio, magnésio,
potássio, fósforo, matéria orgânica, entre outros).

As equipes técnicas estão preparadas, mas precisam da autorização dos
proprietários para avançar com o trabalho. Ao permitir o acesso, os produtores
rurais estarão contribuindo para o avanço da ciência e se beneficiando com novas tecnologias que aumentarão a produtividade e a sustentabilidade das suas propriedades.

“Num futuro próximo, esse estudo permitirá que os produtores aprimorem a
qualidade do manejo e da conservação de solos e água”, destacou o
engenheiro agrônomo, Dr. Hudson Lissoni Leonardo, da Divisão de Apoio
Operacional da Itaipu Binacional. “O poder público terá acesso a informações
que poderão embasar políticas de apoio à agropecuária e à conservação
ambiental”, completou.

A área de estudo é drenada pelos rios Ivinhema, Amambai e Iguatemi,
importantes afluentes do reservatório de Itaipu. “Os resultados dessa pesquisa
serão fundamentais para melhorar a qualidade dos sistemas de produção no
estado e aprimorar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC)”,
destacou Rafael Zanoni Fontes, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento
da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados (MS). Ele acrescentou que o
estudo também contribuirá com inovações na mitigação e prevenção da
degradação dos solos e da água, por meio da adoção de sistemas
conservacionistas de produção agrícola, pecuária e florestal.

A coleta envolve a escavação de uma trincheira, onde serão descritas e
coletadas amostras do solo. Ao redor da trincheira, também serão avaliadas a
infiltração e a condutividade hidráulica da água no solo, um trabalho que deve
durar cerca de seis horas. Ao final, a trincheira será preenchida novamente
com o material escavado. Em outros casos, o processo é mais rápido e
simples, com a coleta feita por meio de trados, um instrumento de aço usado
em perfurações.

Participe dessa iniciativa! Abra as portas para a ciência e contribua com o
futuro da agropecuária sustentável. Autorize o acesso à sua propriedade e
ajude a garantir um manejo mais eficiente de solos e água, fortalecendo a
produção e preservando o meio ambiente. Juntos, podemos transformar
conhecimento em soluções. Em caso de dúvidas, consulte a página
https://www.embrapa.br/aisa-projeto-726

Assessoria de Imprensa Embrapa Agropecuária Oeste
Christiane Congro Comas (MTb 825-9/SC)
agropecuaria-oeste.imprensa@embrapa.br

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