Há 150 anos nascia o genial brasileiro Alberto Santos Dumont, inventor e pioneiro da aviação.

Há 150 anos, em 20 de julho, nascia no interior de Minas Gerais um dos maiores inventores brasileiros: Alberto Santos Dumont, considerado precursor da aviação e da criação de aeronaves no mundo. O Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira é inspiração em várias regiões do planeta. Suas inovações e contribuições para a aviação são celebradas até hoje.

Alberto era filho de Francisca Santos Dumont, de família portuguesa vinda para o Brasil com D. João VI, em 1808, e de Henrique Dumont, engenheiro civil de obras públicas e cafeicultor em Ribeirão Preto (SP). O pai, Henrique, de ascendência francesa, teve papel fundamental na trajetória dele pois, percebendo o fascínio pelas máquinas, direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade, não fazendo questão que ele se formasse em engenharia, como foi o caso dos outros filhos.

O sonho de voar de Alberto surgiu aos 15 anos quando ele teve uma visão: um balão livre nos céus de São Paulo. No caso, balões livres são aqueles que fazem sua ascensão sem possuir nenhum tipo de dirigibilidade, ficando ao sabor das correntes aéreas. Aos 18 anos, emancipado pelo pai, foi para Paris completar os estudos e perseguir o seu sonho de voar. Ao chegar à capital francesa, o jovem se admira com os motores de combustão interna a petróleo que começavam a aparecer impulsionando os primeiros automóveis e compra um para si, investigando todo o seu funcionamento. Logo estava promovendo e disputando as primeiras corridas de automóveis na Cidade-Luz.

Em 31 de julho de 1932, a cidade de Palmyra, em Minas Gerais, passou a denominar-se Santos Dumont, em homenagem ao Pai da Aviação.

Considerado o Pai da Aviação, Santos Dumont tem o reconhecimento mundial pelo pioneirismo de voar com um aparelho mais pesado que o ar e com propulsão própria. O feito foi no Campo de Bagatelle, em Paris, em 23 de outubro de 1906.

O suboficial da Aeronáutica Maurício Inácio da Silva, historiador do Museu Aeroespacial (Musal), no Rio de Janeiro, afirma que Santos Dumont marcou uma era.
“Era um período de muitas descobertas, muitas invenções em todas as áreas. Ele torna possível o voo do mais pesado que o ar, o 14-Bis. Para a época foi um sucesso. O que Santos Dumont fez marcou uma geração, vai ficar para sempre e continua colaborando muito com o progresso da humanidade”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Apaixonado pela inovação, Santos Dumont já colecionava feitos aéreos antes do voo com o 14-Bis, como a construção de um balão – o menor já fabricado para a ascensão de uma pessoa a bordo, que voou por cinco horas, também na França, em julho de 1898. Dumont prosseguiu com o pioneirismo, associando motores de combustão interna a balões, construindo engenhosos lemes, o que resultou no dirigível. Em 1901 sobrevoou Paris em um deles, chamando a atenção da imprensa brasileira e mundial.

O Pai da Aviação morreu em 1932 ao dar fim à própria vida no Grand Hotel La Plage, no Guarujá, litoral paulista. A tristeza e a decepção de ver o uso bélico dos aviões na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e também no Brasil em bombardeios durante a Revolução Constitucionalista de 1932, são apontadas como motivos para o suicídio.

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