Governo Federal lidera pacto para erradicar a fome e reduzir o desperdício de alimentos até 2030.

Um Pacto Contra a Fome foi lançado em São Paulo com apoio do Governo Federal. Uma cerimônia nesta terça-feira (23.05) contou com os ministros Wellington Dias e Simone Tebet, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes, marcou a união de forças para combater a fome e o desperdício de alimentos no Brasil até 2030. É isso que define o Pacto Contra a Fome, lançado oficialmente em São Paulo. A ação promovida pela sociedade civil tem o apoio do Governo Federal, representado no evento pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Em 2022, cerca de 33 milhões de brasileiros, ou 15,5% da população, estavam no nível mais grave de insegurança alimentar. Isso ocorre quando a pessoa não tem comida ou recursos para comprar alimentos, quando só faz uma refeição diária ou, pior ainda, passa um dia ou mais sem comer nada. Ao todo, são 125 milhões de brasileiros com algum nível de insegurança alimentar.

Desde 2018, o índice tem crescido. O II Inquérito Nacional da Insegurança Alimentar no Contexto da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), mostrou que a pandemia acentuou esse cenário. Em 2021, outro estudo, em parceria com a Integration Consulting, analisou as causas da fome e do desperdício de alimentos. Segundo a pesquisa, existem grupos mais vulneráveis: famílias chefiadas por mulheres (19,3%), população pretas e pardas (18,1%) e população urbana (15%).

Como chefe da pasta que tem como maior missão tirar o Brasil do mapa da insegurança alimentar, Wellington Dias lembrou que já viveu a fome e venceu essa batalha, e agora quer ajudar a população a vencer também.
“Eu quero ajudar quem está na extrema pobreza em cada município e estado do Brasil. Nós queremos ver todos os brasileiros e brasileiras conquistando a sua carteira de trabalho assinada e devolvendo o cartão do Bolsa Família. Nós vamos capacitar as pessoas que estão no programa e no Cadastro Único para as oportunidades de emprego e empreendedorismo”, afirmou.

A ministra do Planejamento também reforçou que a fome é inaceitável. “Por que o Brasil, um país tão rico, ainda tem uma população tão miserável, onde milhões de crianças dormem com fome?”, indagou Simone Tebet.

Para a idealizadora do Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz, é fundamental a integração de todos os setores. “Quando nos juntamos, o poder é muito maior, a dimensão que alcançamos é muito maior. Aumenta a capilaridade e nós atingimos mais pessoas. Nós não temos todas as respostas, mas temos os caminhos e muita vontade de fazer isso acontecer. O Pacto Contra a Fome é um movimento da sociedade civil. Queremos combater a fome e reduzir o desperdício de alimentos de maneira estrutural e permanente”, apontou Geyze Diniz.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recordou que o estado conta com 107 restaurantes Bom Prato, que distribuem cerca de 135 mil refeições diárias, mas ainda assim o índice da fome não está caindo. “Combater a fome é um grande desafio e, se nós não unirmos forças, se não aproveitarmos uma oportunidade com essa, não vamos conseguir. Essa união de esforços é que nos dá esperança de que vamos avançar”, comentou.

O Pacto contra a Fome tem a meta de que em 2030 o Brasil não tenha nenhuma pessoa com fome e que em 2040 toda a população esteja bem alimentada. O movimento promove a articulação entre governo, setor privado e sociedade civil.

Também estiveram presentes no evento o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, as secretárias nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, de Renda da Cidadania, Eliane Aquino, o secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, a secretária extraordinária de Combate à Fome e à Pobreza, Valéria Burity, além do ministro presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Fonte: MDS – Governo Federal

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