Para definir medidas emergenciais na agricultura familiar em Mato Grosso do Sul, que visam reduzir os impactos climáticos, provocados pelas queimadas e pela seca, o Governo do Estado participou na tarde de quarta-feira (19) de reunião com representantes do Governo Federal – ministros Luiz Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e José Wellington Barroso (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), com representantes da Bancada Federal, com o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro e deputados estaduais da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas e Quilombolas da ALEMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), juntamente com o secretário-Executivo de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Humberto Pereira e o diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman, participaram da reunião com os representantes do governo federal e da AL-MS.
“Nós apresentamos aos ministros uma série de demandas urgentes que vão se somar às ações do Governo do Estado para mitigar os prejuízos sofridos pelos agricultores do Estado, em municípios atingidos pela seca ou estiagem. Hoje, nós atuamos nos 79 municípios, com custeio de ações e execução de nove diferentes programas de fortalecimento da agricultura familiar. Agora, ficou definido que a Semadesc irá coordenar um GT, que irá se debruçar para entregar o Plano de Trabalho para que o MDS possa dar sequência ao apoio que necessitamos””, comentou o secretário Jaime Verruck.
O secretário-executivo da Semadesc, Humberto Pereira apresentou as demandas, que passam pela renegociação de dívidas vencidas e vincendas; auxilio Estiagem, nos moldes do que foi adotado no RS; fFornecimento de alimentação para os animais atingidos; linha de Crédito Emergencial e perfuração emergencial de poços artesianos para consumo humano e Animal, através da reestruturação, custeio e investimento na FUNASA.
“A adoção dessas ações emergenciais é crucial para o enfrentamento da estiagem em Mato Grosso do Sul, garantindo suporte financeiro e estrutural às famílias agricultoras impactadas. Atualmente Mato Grosso do Sul, conta com cerca de 80 mil famílias de agricultores familiares, povos originários e comunidades tradicionais (Quilombolas, Ribeirinhos e Pescadores)”, acrescentou Humberto.
O governador Eduardo Riedel lembrou que “o Estado assinou uma pactuação, em março com o Governo Federal, e agora, de maneira mais acelerada e imediata, nós temos cadastradas famílias para o programa Fomento Rural. São R$ 4,6 mil para a gente vai poder atender no curto prazo, dando um alento aí para eles para a retomada das suas atividades”.
Na sexta-feira (13), agricultores familiares do município de Itaquiraí, receberam 180 toneladas de bagaço de cana e 30 toneladas de DDG (subprodutos da indústria de etanol de milho) para alimentação dos animais. “De maneira muito emergencial, nós atuamos para fornecer alimentos para o rebanho, junto com empresas do Mato Grosso do Sul, que doaram, para que o gado atravesse esse período, até a retomada das pastagens dentro da normalidade, vão ser cerca de 60 dias a 80 dias. E as ações permanentes da Agraer, nesse apoio direto para, principalmente, aquelas famílias mais necessitadas, não só no fomento, mas no apoio à cesta-básica”, finalizou o governador Eduardo Riedel.