Auxiliadas pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Comissão Pastoral da Terra (CPT), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Instituto Marista, Prefeitura Municipal e Conselho Municipal de Desenvolvimento de Anastácio, entre outras instituições públicas e privadas ao longo de mais de uma década de trabalho, a Associação de Mulheres Agricultoras do Assentamento Monjolinho (Amam) comemora a aquisição de novos equipamentos e o empoderamento das mulheres por meio do trabalho em uma agroindústria de panificados em Anastácio.
Equipes da Agraer acompanham o dia a dia da Associação desde quando elas se juntaram para formar o Clube de Mães Paz e União, em meados de 1990, para terem acesso ao leite para seus filhos, vindos de um programa federal. Com o passar dos anos, elas descobriram as potencialidades da região e iniciaram o trabalho com frutos do cerrado, como o pequi, o baru, a bocaiuva e o jatobá e formaram uma associação.
“Fizemos essa transformação de clube de mães para associação porque a gente precisava trabalhar com vendas de produtos. Renovamos o estatuto em 2018 e através da Agraer nós conseguimos a inscrição estadual e da DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) jurídica para participar dos editais, a partir daí nós tivemos o acompanhamento da Agraer no dia a dia da Associação”, afirmou Maria da Penha, presidente da Associação de Mulheres Agricultoras do Assentamento Monjolinho.
Atualmente 28 mulheres são associadas. Juntas elas trabalham para o fornecimento de panificados nos editais públicos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), atendendo o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), escolas estaduais e municipais.
As agricultoras produzem pães dos tipos: francês, hot-dog, caseirinho e os enriquecidos com farinhas de baru, jatobá e bocaiuva para a comercialização nos editais, além da venda na feira municipal com produto típico do assentamento: a galinhada com pequi.
Com a assistência técnica especializada da Agraer, a associação criou seu estatuto, abriu inscrição estadual, conquistou certificação da vigilância sanitária e os alimentos são rotulados, conferindo a elas a autenticidade da comercialização de produtos típicos do cerrado brasileiro. “Nós estamos do dia a dia delas, desde o trabalho no campo até a organização e comercialização dos produtos”, ressaltou a Coordenadora Regional da Agraer, Vera Lúcia de Oliveira Golze.