“Foram seis dias de aprendizado. Mas no final da expedição RILA, se constatou que a Rota Bioceânica pode se tornar um caminho seguro para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e para o fortalecimento da nossa economia”. Assim se pronunciou Gustavo Rezende Pereira, secretário-executivo de Gestão Política da Casa Civil do Governo de Eduardo Riedel. Ele foi um dos representantes do Governo do Estado na viagem de Porto Murtinho até o porto de Iquique, no Chile, no grupo de mais de 100 autoridades e empresários que participaram da expedição.
De forma resumida, contou da sua experiência, do que viu de pontos favoráveis e daqueles temas que exigem providências que possam facilitar e viabilizar a Rota. Falou de Porto Murtinho, da obra da ponte que segue dentro do prazo. Falou então do Chaco Paraguaio: “região de belas paisagens, que representam possibilidades no turismo, o modo de vida das comunidades Menonitas, e o restante do caminho até a fronteira da Argentina onde encontramos o primeiro grande desafio, embora temporário”. Ele se referia ao trecho final da rodovia paraguaia ainda não pavimentado que, com a chuva, estava quase intransitável. “Mas a obra de pavimentação já começou e esse problema vai ser superado”, esclareceu.
Depois entraram em território argentino, onde o que se destacou foram entraves aduaneiros. “Com certeza essas dificuldades precisarão ser solucionadas de forma diplomática. É preciso facilitar o acesso de produtos brasileiros, tornando o processo mais ágil, menos burocrático”, afirmou Gustavo Pereira. Lembrou que essa questão das aduaneiras precisará ser tratada de forma conjunta entre todos os países, assegurando que o trânsito dentro da Rota Bioceânica seja seguro, legal, mas facilitado.
Depois Gustavo comenta sobre o Chile, citando inicialmente a Cordilheira. “Sentimos bastante com a altitude. Mas as belezas no caminho compensam o desconforto”, afirmou, salientando em seguida a questão dos postos de combustíveis chilenos. Precisam ser melhor estruturados, melhorar a infraestrutura e o atendimento. O número de postos também precisa aumentar. Também destaca a necessidade de pontos de apoio aos turistas e viajantes. “Isso certamente virá com a concretização do projeto da Rota Bioceânica”, lembrou.
Ainda falando sobre o Chile considerou alguns trechos com ambiente quase inabitável, mas que os chilenos tornam viável. “Centenas de quilômetros de deserto, muita poeira e areia, sal, montanha e vulcão. E me chamou a atenção a falta de chuvas e de umidade”. E, por fim, destacou tanto os chilenos quanto os paraguaios muito abertos e receptivos ao intercâmbio econômico com o Brasil e sobretudo com o Mato Grosso do Sul.
A Rota no âmbito do Governo de MS
Ao fazer análise de como a Rota se insere nas prioridades do Governo de MS, o secretário de Gestão Política da Casa Civil afirmou que a gestão de Eduardo Riedel incentiva o desenvolvimento regional por meio de tecnologia e infraestrutura. Portanto, todas as iniciativas que possam colaborar com o desenvolvimento econômico do Estado terão total apoio do Governo Estadual e a Casa Civil fará o acompanhamento de perto. No caso da Rota Bioceânica, acompanharão todo o processo e implantação desse importante caminho para a exportação de nossos produtos para outros países.
Questionado de como a Casa Civil planeja criar sinergias entre o governo e o setor privado para maximizar os benefícios da Rota Bioceânica, Gustavo lembrou que nos tempos de hoje, a parceria entre o público e o privado é extremamente salutar para qualquer iniciativa que possa fomentar o desenvolvimento do Estado. “O Governo estadual está aberto a essas parcerias porque entende que, de mãos dadas com o setor produtivo, pode fazer o nosso Estado ainda mais forte. No caso da Rota Bioceânica, caberá ao Governo implementar, principalmente, ações de infraestrutura para facilitar o escoamento dos nossos produtos pelo caminho da Rota”, concluiu.
Maurício Hugo
