Febre Maculosa: professores de Campo Grande recebem treinamento de pesquisadores da Embrapa

Com o início do período da seca na região Centro-Oeste do país (abril a setembro), aumenta a preocupação com doenças infecciosas, e uma delas é a febre maculosa brasileira (FMB). A doença é transmitida por um inseto conhecido como o ‘carrapato da capivara’ e é temido por transmitir a doença. Por meio da picada do carrapato as pessoas podem ser infectadas pela bactéria do gênero Rickettsia, causadora da febre maculosa brasileira, que varia desde reações clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade.

Diante desse cenário, a equipe de parasitologia da Embrapa Gado de Corte promove nos dias 8 e 9 de maio uma capacitação para os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme/Semed). Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), apontam que as notificações positivas de febre maculosa tendem a aumentar no período de seca, entre maio e agosto, conhecido como “temporada da febre maculosa”. Além disso, há prevalência de casos entre adolescentes e jovens adultos.

A cooperação técnica da Empresa e o Município prevê o treinamento não somente de professores, mas estudantes, quanto à importância de se conhecer e combater a febre maculosa e seus vetores. Neste primeiro momento, “nossos alunos serão os professores que atuam em escolas municipais com laboratório de biologia. Vamos ensinar sobre a prevenção da Febre Maculosa Brasileira, por meio da proteção contra o carrapato-estrela”, explica o pesquisador Renato Andreotti.

Andreotti alerta que a capivara, nesse momento, é apenas o hospedeiro, assim como os gambás e os animais domésticos, como cães e cavalos. “Esses animais não são os vilões e o contato com eles, ou mesmo transitando nos locais onde habitam, pode ocasionar uma picada por um carrapato infectado e, assim, se contrair a febre maculosa”, pontua. A doença, quando diagnosticada no início, é tratada com certa facilidade, entretanto, segundo o Ministério da Saúde, a cada dez pessoas com diagnóstico para a doença, quatro chegam a óbito, tornando a FMB um problema de saúde pública.

“No Brasil, existem casos registrados de febre maculosa em vários Estados, em especial na região Sudeste. Na região Centro-Oeste, embora existam as condições ideais para circulação do agente, somente em Mato Grosso do Sul foram identificadas bactérias do grupo da Febre Maculosa Brasileira infectando carrapatos das espécies A. Calcaratum e A. nodosum”, comenta o médico-veterinário.

Fonte: Embrapa Gado de Corte

Foto: Ministério da Saúde

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