Em evento de filiação do PL em Jundiaí-SP, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações estapafúrdias, sem fundamento técnico ou científico sobre os efeitos colaterais da vacina contra a Covid-19 produzida pela fabricante Pfizer.
Ao lado do senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP), o ex-presidente afirmou ter lido a bula do imunizante e que a sua composição contém “grafeno”, substância que se acumularia nos testículos e ovários, numa alusão negativa. Na ocasião, Pontes falava sobre grafeno – uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, que é utilizado em diversas áreas como construção civil, energia, telecomunicações, medicina e eletrônica. Desde que foi descoberto, o grafeno continua sendo o centro de interesse em pesquisas.
Não há menção ao grafeno na bula da Comirnaty, vacina contra covid fabricada pela Pfizer e distribuída no Brasil. As bulas de todas as vacinas contra Covid são certificadas pelo Ministério da Saúde.
Logo após o ocorrido, Bolsonaro percebeu a péssima repercussão da sua fala e em sua conta no Facebook alegou que a fala “foi um equívoco”.