Em Seminário na Capital, prefeitos da Rota Bioceânica debatem ações futuras para suas cidades

O Seminário Internacional da Rota Biocêanica e 6º Foro de Los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico, que começou terça-feira em Campo Grande, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo prossegue durante o dia de hoje, encerrando na quinta-feira. O evento representa uma oportunidade única para que os representantes dos países envolvidos conheçam as possibilidades futuras e aprofundem seus projetos aos novos cenários econômicos que serão criados, e que, certamente, despertarão interesses de conglomerados mundiais com operação na Ásia.

Esta é uma das primeiras conclusões a que chegaram autoridades sul-mato-grossenses, paraguaias, chilenas e argentinas, que discutiram medidas e ações em conjunto dentro do Comitê Gestor dos Municípios que compõem a Rota Bioceânica na abertura dos trabalhos .

Abrindo o encontro, o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, lembrou dos impactos positivos que a Rota Bioceânica vai trazer nas economias dos países.

“Os senhores e senhoras podem ter certeza que as empresas do mundo, principalmente, no mercado asiático, olharam diferente para a Rota Bioceânica, que provavelmente será a grande alternativa competitiva ao Canal do Panamá. Este movimento, até o momento, está colocando a Rota numa posição estratégica ainda mais importante”, classificou o secretário.

Se dirigindo especialmente aos prefeitos sul-mato-grossenses, mas também aos estrangeiros, Jaime ainda frisou que  a Rota beneficia todos os municípios do Estado de MS, e do Paraguai, Argentina e Chile. “Todo e qualquer município poderá olhar e fazer o seu desenvolvimento, focando nas suas oportunidades”, acrescentou.

Objetivos

O objetivo do evento é fomentar o desenvolvimento e a integração regional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, destacando as oportunidades e desafios que serão gerados pelo Corredor Bioceânico, trajeto rodoviário de 3.320 km que vai conectar os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por 8 territórios de 4 países (Regiões de Tarapacá e Antofagasta, no Chile; Províncias de Jujuy e Salta, na Argentina; Departamentos de Boquerón, Presidente Hayes e Alto Paraguay, no Paraguai e o Estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil), até chegar aos portos chilenos de Iquique, Antofagasta, Mejillones e Terminais Tocopilla. O seminário conta com infraestrutura para reuniões das comissões técnicas, estandes para exposição dos países envolvidos e apresentações culturais.

Cidades

Campo Grande terá importância fundamental na Rota, uma vez que praticamente todo o trânsito de mercadorias e pessoas passará pela Capital de Mato Grosso do Sul.

Está sendo criado aplicativo digital da Rota Bioceânica, com informações gerais sobre serviços e pontos importantes em Campo Grande e no Estado. Cidades amigas e envolvidas no corredor bioceânico também poderão ser incluídas  no aplicativo.

A prefeitura da Capital, em parceria com a UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, que realizou um estudo para cuidar da saúde dos viajantes, em especial, os caminhoneiros, desenvolverá o programa “Saúde na Estrada”.

O prefeito de Porto Murtinho, que é vice-presidente do Comitê Gestor, também enfatizou os investimentos que estão sendo feitos no município com a construção e reforma de escolas, unidades básicas de saúde, cursos de capacitação e projetos sociais.

O governador do Departamento do Alto Paraguai, Arturo Mendez, acompanhado de 30 prefeitos da sua região, afirmou que o corredor vai unir povos da América Latina e unir continentes.

O prefeito de Caracol, Neco Pagliosa, disse que seu município será impactado positivamente. “Caracol está se preparando, melhorando nossas estruturas, saúde, preparando nossos cidadãos e cidadãs. A Rota Bioceânica é a grande virada de chave para todo o Mato Grosso do Sul”.  Os prefeitos da Argentina, Paraguai, Brasil e Chile discutem também três temas importantes: segurança, aduana e sinalização de trânsito.

Ao final do evento serão apresentadas as atas das oito comissões técnicas do 6º Foro e divulgada a “Carta de Campo Grande”, documento que consolidará os principais encaminhamentos.

 

(Com informações da Comunicação Gov MS)
Fotos: Álvaro Rezende

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