Atendendo à solicitação do Grupo de Mulheres em Ação, da região do Distrito de Arapuá – Três Lagoas -MS, as extensionistas rurais da Agraer, Cleide Nogueira e Sônia Komori, promoveram um curso para resgatar o valor das vassouras artesanais.
Quem conduziu o aprendizado foi o artesão Edivaldo Previatto, agricultor do Assentamento Timboré, localizado em Andradina (SP).
De família tradicional na confecção de vassouras artesanais, o artesão é um dos poucos que mantém a tradição, mas avisou que já está prestes a se aposentar e deixará o mercado local desfalcado do produto.
Para resgatar a tradição e disseminar o conhecimento de como produzir as vassouras, a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, proporcionou o curso para famílias dos assentamentos Palmeira e Vinte de Março.
A vinda do instrutor para Mato Grosso do Sul tornou-se viável a partir da parceria da Agraer local, com a assistente social, Rosilva Brito Rodrigues, do ITESP – Instituto de Terras do Estado de São Paulo.
No curso, Previatto ensinou a habilidade às participantes com técnicas e equipamentos simples e aplicáveis à agricultura familiar. Segundo ele, a dica mais valiosa é “saber vender à freguesia mantendo a qualidade, independente do preço”.
Além das vassouras para uso tradicional, ele revelou outro nicho do mercado que atrai compradores: o mesmo produto, em miniatura, pode ser utilizado por crianças nas festas de dia das bruxas ou para ajudar a família nas tarefas domésticas.
“O curso mostrou o passo a passou para produção de vassouras artesanais com o uso de materiais naturais, angariando valores que arremetem ao passado, buscando preservar as tradições e costumes familiares”, ressaltou a assistente social Cleide Nogueira.
De acordo com o coordenador regional da Agraer, Jurandir Xavier Duque Junior, o curso não apenas ensinou habilidades de artesanato, mas também contribuiu para preservação de tradições e para a valorização de produtos feitos à mão com materiais naturais, além de mostrar novas possibilidades para geração de renda no distrito.
“Os participantes ficaram muito satisfeitos com o aprendizado e com a possibilidade de resgatar o artesanato. Ao final das tarefas eles foram presentados com sementes selecionadas pelo produtor ao longo dos anos”, declarou a engenheira agrônoma Sônia Komori.