Para praticar o pesque e solte durante a pesca esportiva não basta somente devolver o peixe ao rio. No Pantanal de Corumbá, as técnicas de manuseio do troféu fisgado no Rio Paraguai e os equipamentos e acessórios adequados fazem parte das informações que os guias de pesca repassam ao turista, visando garantir a sobrevivência da espécie e contribuir com a manutenção do estoque pesqueiro em um dos principais destinos de pesca esportiva do Brasil.
As empresas associadas à ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), que operam com barcos-hotéis e hotéis, têm por norma orientar os seus clientes quanto a importância de realizar uma pesca sustentável, realizando o sonho de fisgar um dourado, pacu ou pintado em meio a natureza esplêndida e, também, ajudando a preservar as espécies. O Rio Paraguai é um dos ambientes mais piscosos e atrai milhares de turistas.
Atitude de pescador
A modalidade do pesque e solte, iniciativa dos operadores do Pantanal de Corumbá, tem contribuído para a manutenção do estoque pesqueiro nos principais rios da bacia. Hoje, a grande maioria dos pescadores esportivos que buscam emoções e lazer no ecossistema pantaneiro é consciente da importância da preservação. Eles preferem saborear um peixe no barco-hotel, de forma seletiva, do que transporta-lo dentro da cota permitida por lei.
Com essa nova relação com o meio ambiente, o pescador esportivo precisa tomar cuidados essenciais entre a captura e a devolução para manter o peixe vivo, evitando feri-lo pelo anzol ou no manuseio antes da soltura. O objetivo da pesca esportiva é fisgar o peixe, não para consumo ou comércio, mas pelo prazer de pescar. Por isso, os peixes são devolvidos vivos à natureza. Geralmente, os pescadores pesam, medem e fotografam o troféu antes de devolvê-lo a água.
Use isca artificial
Para isso, existe uma série de equipamentos e acessórios diferenciados para esse tipo de pesca. Anzóis, iscas (artificiais, de preferência), entre outros, são idealizados com o intuito de não ferir o peixe. Além disso, o pescador pode utilizar algumas técnicas para preservar o peixe, como: manuseá-lo dentro da água o maior tempo possível. Fora da água, ao manejar o exemplar fisgado, manter as mãos molhadas (a mão seca retira o muco que protege o peixe).
Outras dicas importantes: usar somente anzóis sem farpa; ao pescar em profundidades maiores do que 30 pés puxar o peixe devagar, para que haja tempo para a descompressão (adequação do peixe quanto à pressão da água); utilizar a linha com um comprimento um pouco maior do que a recomendada, para que a luta dure menos tempo, cansando menos o peixe; retirar o anzol com alicate de bico, quando não estiver muito profundo; cortar a linha e deixar o anzol dentro do peixe, quando o anzol estiver muito profundo.