O deputado propõe a criação de uma Comissão para discutir as consequências da medida, garantindo que não afete os salários e não resulte em desemprego. “Precisamos ouvir os empregadores e tornar público as experiências que já aconteceram fora do país”, sugere. Ele enfatiza a importância de uma análise abrangente que envolva todos os atores afetados pela mudança.
Beto levantou questionamentos sobre a adequação da nova proposta a diferentes segmentos da economia. “Hoje, já vivemos um ‘apagão’ de mão de obra. Será que todas as categorias e serviços se encaixam nessa nova proposta? Seja pela jornada 4×3 ou 5×2. Todas essas discussões precisam ser feitas de forma equilibrada”, disse o parlamentar.
Serviços essenciais e públicos os mais afetados
Além disso, Beto ressaltou que a legislação trabalhista “não pode retroagir” de maneira a prejudicar os trabalhadores, uma vez que essa medida impacta diretamente toda a população. O deputado destacou que a proposta atual, infelizmente, afeta não apenas os serviços essenciais, mas também os serviços públicos, em um momento em que é crucial garantir a continuidade da qualidade desses serviços.
Beto retornou ao país nesta quarta-feira (13) após representar o país, no Brasil Export 2024, que visitou os portos da Itália, Tunísia, Espanha e França para debater melhorias nas atividades portuárias com líderes empresariais. Em seu retorno ao Brasil, a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), autora da proposta, alcançou mais de 171 assinaturas para a matéria que está em tramitação na Câmara.
Por fim, Beto explicou que, PEC ao avançar, a Câmara começará a compor a comissão especial, da qual ele promete acompanhar de perto os debates e contribuir para que a discussão seja feita de forma plural e justa.