Visando desenvolver ações de desenvolvimento dos sistemas de Integração Lavoura, Pecuária e Florestas em Mato Grosso do Sul – Estado campeão nessa atividade integrada – será firmado nesta terça-feira, dia 22, um Acordo de Cooperação Técnica entre o governo de MS e a Associação Rede ILPF. O ato de assinatura será à 10h, no auditório da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – Semadesc, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Essa parceria que envolve esse Acordo de Cooperação Técnica é uma das ações do SustentAgro: “Programa de inovação e incentivo para a adoção dos sistemas Integrados de Lavoura-Pecuária-Floresta na cadeia sustentável da soja”, executado pela Rede ILPF com apoio do Land Innovation Fund (LIF). A Associação Rede ILPF é formada e co-financiada pelas empresas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta, Timac Agro e pela Embrapa.
Conforme a Associação Rede ILPF, Mato Grosso do Sul ocupa o 1º lugar no ranking nacional em áreas com integração lavoura, pecuária e florestas, totalizando 3,3 milhões de hectares de áreas de criação de bovinos em pastagens à sombra de eucaliptos, ou alternando soja e milho com braquiária ou outros capins.
Esses resultados estão sendo atingidos pelo Estado, segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, graça a política estratégica de desenvolvimento sustentável implementada pelo Governo do Estado para tornar Mato Grosso do Sul um Estado Carbono Neutro até 2030. “O investimento em pesquisa e inovação tem permitido a intensificação da pecuária, com a adoção de boas práticas de produção e novas tecnologias. Não são todas as propriedades que têm a integração entre lavoura, pecuária e floresta. Elas podem ter pecuária e floresta que também é bastante comum. Mas nos últimos anos vimos esta intensificação e inserção de lavouras dentro desse processo de integração com as florestas”, afirmou.
Sobre o projeto
De acordo com a Associação Rede ILPF, o projeto SustentAgro está estruturado em três pilares:
– monitoramento de diferentes sistemas de ILPF, com o desenvolvimento de um protocolo de uso da terra e práticas sustentáveis, criando um banco de dados de emissões de carbono e gases de efeito estufa para a cultura da soja e promover discussões e treinamentos sobre mecanismos financeiros e negócios verdes;
– realização de oficinas, treinamento técnico e atividades de transferência de tecnologia para técnicos e agricultores sobre ILPF e agricultura digital;
– desenvolvimento de uma plataforma integrada com dados de monitoramento e verificação das cadeias produtivas da soja, abrangendo parâmetros e requisitos de sustentabilidade, incluindo cálculos de inventário de carbono e gestão de produtos ESG.