Argentinos elegem o representante da extrema direita, Javier Milei, para presidente

Desde a redemocratização da Argentina, em 1983, o país tem sido governado por peronistas ou pela oposição tradicional de centro-direita. No último domingo (19), o cenário mudou radicalmente com a eleição de Javier Milei para a presidência.

Durante a campanha, o representante da extrema direita usou uma motosserra como símbolo ideológico e fez promessas no mínimo controversas, como fechar o Banco central, fazer cortes radicais na estrutura administrativa do Estado, e romper relações com a China e o Brasil, maiores parceiros comerciais da Argentina.

O adversário, o governista Sergio Massa, mesmo contando contar com a máquina do governo peronista, e o apoio de prefeitos e governadores, fez 44,3% dos votos contra 55,6% de Milei – a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina, e uma derrota histórica para os peronistas. Milei teve 14,4 milhões de votos, ante 11,5 milhões de Massa.

Em seu primeiro discurso como presidente, Javier Milei afirmou que, com sua vitória, se inicia a reconstrução da Argentina. “É uma noite histórica para a Argentina. Hoje começa o fim da decadência da Argentina. Hoje é o fim da ideia de que o Estado é um espólio a ser compartilhado entre políticos e seus amigos. Hoje voltamos a abraçar as ideias de liberdade. A decadência chegou ao fim.”

Na redes sociais, o presidente Lula parabenizou os argentinos pelo processo eleitoral pacífico e exaltou a democracia: “A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”.

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