Área de milho em MS é quase 6% menor e produtividade também cai em função do clima

Uma quebra de safra é inevitável no Estado, de acordo com o Boletim da segunda semana de julho do Projeto SIGA/MS sobre a safra de milho 2023/2024. O estudo traz atualizações sobre a área plantada e, consequentemente, ajustes quanto ao volume previsto da produção do cereal em Mato Grosso do Sul. O SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS).

A área destinada ao milho na segunda safra tem expectativa de ser 5,8% menor em relação ao ciclo anterior (2022/2023), totalizando 2,218 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 86,3 sacas por hectare, o que remete a uma expectativa de produção de 11,485 milhões de toneladas. As condições climáticas adversas e a redução da área plantada puxaram a previsão da colheita, que era estimada em 12,3 milhões de toneladas no início do ciclo.

Conforme relatório dos técnicos do Projeto SIGA/MS, todas as regiões do Estado estão em pleno desenvolvimento fenológico reprodutivo, que é a fase de crescimento e maturação da planta. Na região Norte, que compreende os municípios de Sonora, Corguinho, Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Bandeirantes, Rio Negro, Corguinho, Rochedo e Jaraguari, o estágio fenológico das lavouras apresenta boas condições no momento. No entanto, existe o risco de sofrer com a estiagem durante o ciclo.

Situação idêntica das lavouras da região Nordeste (Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Inocência, Água Clara, Paraíso das Águas e Figueirão), com 86% em condições boas, 9% regular e apenas 5% ruim. As regiões Oeste (58% bom, 30% ruim e 12% regular) e Centro (43% bom, 30% ruim e 27% regular) apresentam quadro mediano das lavouras.

Já nas regiões Sul, Sudoeste, Sudeste e Sul-Fronteira os efeitos das condições climáticas adversas foram mais sentidos. Na região Sul, 33% das lavouras de milho estão em condições ruins, 47% regular e só 20%, boas. Na região Sudoeste os dados são os seguintes: 52% ruim, 28% bom e 20% regular. Na região Sul-Fronteira: 54% ruim, 26% regular, 20% bom. Região Sudeste: 46% ruim, 35% regular, 19% bom.

Com base nas informações levantadas, até a sexta-feira, dia 12, a área colhida acompanhada pelo Projeto SIGA-MS alcançou 40,4% das lavouras. Os municípios de Amambai, Aral Moreira, Iguatemi, Laguna Carapã Sete Quedas e Tacuru estão mais adiantados.

(Comunicação Semadesc)

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