Ação de desassoreamento já retirou mais de 11 mil metros cúbicos de resíduos do lago do Parque das Nações Indígenas

As equipes responsáveis pelo desassoreamento do lago de contenção no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, seguem com operações intensas para remover os sedimentos acumulados ao longo dos anos. Coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), órgão ambiental do Estado vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a intervenção é essencial para preservar o equilíbrio ecológico da região, já que o lago de contenção desempenha um papel crucial evitando que materiais sólidos afetem a qualidade da água e a integridade do ecossistema do lago principal.

A operação inclui a remoção de areia, lodo e outros resíduos trazidos pelas chuvas, com o auxílio de escavadeiras hidráulicas e uma draga especializada. Até o momento, cerca de 25%, equivalente a 11.435,58 mil metros cúbicos de sedimentos já foram retirados. Contudo, desafios surgiram: embora a draga inicial fosse capaz de remover entre 500 e 600 metros cúbicos por dia, a presença de pedras e outros detritos reduziu sua eficiência para cerca de 100 metros cúbicos diários. Para contornar esse obstáculo, o Imasul planeja introduziu uma nova draga mais potente, que pode retirar entre 600 e 800 metros cúbicos diariamente, mesmo em condições de solo mais complexas.

O projeto, que envolve um investimento de aproximadamente R$ 611 mil, oriundos de recursos de compensação ambiental, está mobilizando uma média de 1.400 viagens de caminhões para transportar os sedimentos removidos. Cada caminhão tem capacidade para carregar até 10 metros cúbicos, e a movimentação desses veículos exige cuidado por parte dos frequentadores do parque, que, apesar das obras, permanece aberto ao público. Visitantes são orientados a respeitar a sinalização e a evitar áreas onde há trânsito de caminhões e máquinas.

Além de ser um dos principais pontos turísticos de Campo Grande, o Parque das Nações Indígenas é uma área verde de grande importância para os moradores da cidade. A preservação desse espaço garante não apenas o lazer da população, mas também a proteção da biodiversidade local. A ação preventiva de desassoreamento é fundamental para evitar o assoreamento do lago principal, o que ajuda a mitigar o risco de alagamentos durante o período chuvoso.

Os sedimentos removidos estão sendo transportados para um areeiro homologado, em conformidade com as licenças ambientais necessárias, o que garante o descarte adequado. O cronograma de conclusão dos trabalhos prevê um prazo de até 90 dias, desde que não ocorram contratempos climáticos ou técnicos.

“Essa ação é fundamental para mantermos o parque bem conservado e atrativo para a contemplação de todos. O trabalho realizado demonstra o cuidado que temos com uma das maiores áreas verdes urbanas do país. O projeto do lago de contenção tem se mostrado eficaz, e conseguimos observar que os sedimentos estão sendo retidos antes de atingir o lago principal. Agora, estamos conduzindo a manutenção necessária, que faz parte do processo de conservação e está dentro da normalidade. Esse ajuste mantém a clareza e formalidade, destacando o sucesso do projeto e a manutenção contínua”, explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Esta não é a primeira vez que o lago de contenção passa por uma ação de desassoreamento. Em 2019, uma operação semelhante foi conduzida pelo Governo do Estado, visando manter a capacidade de retenção do lago e evitar acúmulos prejudiciais à sua funcionalidade.

O processo de desassoreamento, uma técnica comum para desobstruir cursos de água, exige planejamento e análise técnica minuciosa. O método aplicado no lago do Parque das Nações Indígenas é a dragagem, que consiste na remoção de sedimentos do fundo do lago utilizando bombas de sucção, dutos e caixas separadoras de sedimentos.

A intervenção é acompanhada de perto pelo Imasul, assegurando que todas as medidas de mitigação de impacto sejam cumpridas e que o projeto esteja em conformidade com as legislações vigentes.

Com 116 hectares de área verde, o Parque das Nações Indígenas é um dos principais refúgios naturais de Campo Grande. O parque, além de abrigar uma rica biodiversidade, celebra as culturas indígenas locais, sendo um local de lazer e contemplação da natureza para os habitantes da cidade e turistas.

O parque está aberto ao público diariamente, das 6h às 21h30, com horários especiais em dias de eventos. Informações atualizadas sobre o desassoreamento e outras atividades promovidas pelo Imasul podem ser acessadas nas redes sociais da instituição.

(Comunicação Imasul)

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