Mato Grosso do Sul é um Estado essencialmente rural. Mesmo suas maiores cidades, como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, têm áreas urbanas de alguma forma entremeadas com o campo. Há espaços pouco habitados e muito arborizadas. Não raro, turistas se deparam com animais – bovinos, capivaras, caprinos, tatus, tamanduás, e outros, passeando nas ruas e avenidas. Sem contar as diversas espécies de aves que são uma atração especial, um show à parte, principalmente maritacas, papagaios, araras e tucanos.
Entre outras belezas e curiosidades, tudo isso faz do turismo rural um dos segmentos mais fortes e com potencial gigantesco para crescer, especialmente nos municípios que ainda engatinham na organização de suas potencialidades e serviços turísticos. Sem contar com a força econômica que a atividade pode representar para o Estado como um todo. Um exemplo de segmento emergente é o Turismo de Observação de Aves, que têm crescido, principalmente em Campo Grande.
Para fugir dos grandes e atribulados centros urbanos, cada vez mais, os habitantes de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, têm procurado o “mato” para descansar, relaxar, e se livrar do estresse da vida agitada e de ambientes fechados e carregados de poluição onde vivem. Nada melhor do que pegar um avião ou o próprio carro e visitar regiões em que se pode contemplar o horizonte, assistir o sol nascendo ou se pondo, um grande espetáculo da natureza, sem dúvida.
Propriedades focam no turismo
Focados nesse potencial, nessa indústria limpa e rentável, muitos proprietários rurais e empresários das atividades agrícola – pecuária, lavouras, silvicultura, e outras, estão adotando o turismo rural como um novo investimento e fonte de renda.
Em lugares abundantemente naturais e bucólicos, os turistas podem vivenciar, de perto, rotinas rurais como a ordenha, a alimentação do gado, a coleta de ovos no galinheiro; caminhar entre galinhas correndo soltas nos quintais, carneiros e pequenos animais silvestres; pegar frutas diretamente nas árvores e ouvir histórias e causos dos peões e moradores de chácaras e fazendas. Outro aspecto atraente é a degustação de iguarias locais e a comida caseira feita no fogão à lenha – tudo com produtos frescos colhidos pouco antes das refeições nas hortas cultivadas no próprio local.
Alguns estabelecimentos oferecem o chamado café colonial ou pratos típicos da região, sessões de degustação de produtos feitos nas propriedades como queijos, rapaduras, fubá, geléias com frutas como pequi e guavira. Sem contar, a oportunidade de dormir nas fazendas ou chácaras, como forma de vivenciar uma noite no campo e acordar bem cedo, no silêncio, escutando apenas os sons dos bichos.
Em Mato grosso do Sul, vale destacar a região “Caminho dos Ipês” e outras rotas turísticas reconhecidas pelo setor do turismo nacional. Há muito a oferecer aos turistas. Nos municípios que fazem parte do projeto de regionalização do turismo em MS, inclusive em Campo Grande, há diversificadas opções de Turismo Rural, sobretudo nos períodos de promoções de baixa temporada, como no inverno.
Outras práticas interessantes para os turistas nas regiões rurais são os passeios a cavalo, a pesca recreativa, o rapel nas montanhas, a tirolesa sobre rios e córregos, as trilhas até cachoeiras ou nas matas, degustações de bebidas típicas, vivência do processo de fabricação de cachaças em alambiques familiares, a produção de queijos, geléias, cervejas artesanais, etc.
Com o Turismo Rural, ganham os turistas pela experiência inesquecível, ganham os investidores e a economia regional como um todo.