Em diversas tentativas de registrar uma candidatura de oposição à presidência da Venezuela, a principal resistência a Nicolás Maduro, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) foi sistematicamente impedida pelo sistema online do Conselho Nacional Eleitoral. A principal candidata, Maria Corina Machado, que por pesquisas prévias poderia derrotar Maduro, foi declarada inelegível pelo tribunal venezuelano, mesmo sem ter nenhuma ocorrência negativa. Para substituí-la o PUD tentou registrar uma substituta, a professora e filósofa de 80 anos, Corina Yoris, indicada por María Corina. Mais uma vez o sistema “caiu”.
Após muitas denúncias e da repercussão internacional negativa pelos impedimentos às candidaturas de oposição, a Plataforma Unitária conseguiu registrar um candidato “provisório”: o diplomata Edmundo González Urrutia, que foi embaixador da Venezuela na Argentina e na Argélia.
Após tantas aberrações do governo maduro em perseguir e acusar a oposição de grupo terrorista, o governo da Argentina deu refúgio a líderes da oposição venezuelana, na Embaixada da Argentina, em Caracas, e denunciou a interrupção do fornecimento de energia do prédio, aumentando a tensão diplomática entre os dois países. A residência do embaixador argentino em Caracas acolheu os líderes políticos que enfrentam “atos de assédio e perseguição”, confirmou a presidência argentina sem revelar a identidade dos seis ativistas ligados à líder opositora María Corina Machado. Em comunicado oficial, a Casa Rosada denunciou que após a entrada dos opositores, a embaixada sofreu a interrupção do fornecimento de energia. O presidente argentino, Javier Milei, lembrou ao governo Maduro a “inviolabilidade” da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, referindo-se à “interrupção do fornecimento de energia elétrica à residência oficial argentina em Caracas”.