Em 2024, o Brasil já ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue, número 400% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. São 258 mortes por dengue este ano e 651 óbitos em investigação. Nesta terça-feira (5), Dia D de Combate à Dengue, a Ministra da Saúde Nísia Trindade disse que a população precisa estar atenta à higienização de locais onde possa haver focos de larvas e mosquitos e recorrer à vacinação disponível, principal ao segmento infantil: “Os pais não podem desperdiçar a chance de vacinar as crianças contra a dengue”. A ministra ainda anunciou que haverá antecipação da campanha de vacinação contra a gripe nesse ano.
“Não podemos aceitar nenhuma morte por dengue, porque é uma morte que se pode evitar com hidratação adequada, sem que a população tome medicamento por conta própria. Isso é muito importante. E àqueles sinais, como dor de cabeça, dor forte atrás dos olhos, manchas no corpo, deve-se procurar o sistema de saúde”, orientou Nísia Trindade.
O Distrito Federal é a região mais crítica do país. São, até agora, 77 mortes e mais 60 em investigação, conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Os prováveis casos da doença somam 102.757. Os números colocam o DF no topo das unidades da federação no Coeficiente de Incidência por 100 mil habitantes com o maior índice: 3.647,7/100mil. Mais que o dobro do segundo colocado: Minas Gerais, com 1.765,6/100mil habitantes.
A vacinação infantil contra várias doenças, incluindo contra a dengue, deve ocorrer nas redes de ensino ainda em março, por meio do programa Saúde na Escola, em parceria com o Ministério da Educação. “A vacinação será de todas as vacinas, com a atualização da caderneta de vacinação das nossas crianças e adolescentes. As escolas também estão com várias ações para dengue, a comunidade escolar unida, e terá materiais para os professores, no caso específico de dengue.”
Considerando o números de mortes ainda em investigação, o Brasil em breve, poderá ultrapassar os mil óbitos por dengue.