Orçamento, planejamento, estrutura e troca de experiências na condução das políticas públicas. Estes foram alguns dos temas abordados no Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres organizado pelo Ministério das Mulheres. O evento reuniu 252 secretárias estaduais e municipais de mulheres no auditório do Instituto Serzedello Correano, do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília/DF.
Em sua fala de abertura, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância dos governos estaduais e municipais fortalecerem os Organismos – sejam Secretarias, Diretorias ou Coordenadorias – de políticas para as mulheres e fez um apelo especial ao Secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, André Ceciliano, presente no palco, para “falar com todos os prefeitos e prefeitas para garantir a vida e o trabalho delas em cada município”. “Eu vou andar pelo País e dizer que precisamos de Secretarias de Mulheres”, anunciou. “Precisamos de Secretarias fortes, com equipes e estrutura”, reforçou. da Gonçalves lembrou do momento em que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convite para ser ministra, em dezembro de 2022, e que foi indagada por ele se sabia do “tamanho da responsabilidade” que teria ao representar o grupo que deu a ele a maioria dos votos na eleição de 2022. Lula prometeu então que este governo daria prioridade para as mulheres. Ela também mencionou a importância da participação das representantes no PPA (Plano Plurianual) do Governo Federal, da relevância de se pensar o desenvolvimento das cidades a longo prazo de forma estratégica para a vida das mulheres e destacou dados de violência contra as mulheres, resultado da misoginia vista nas diferentes relações e espaços do País.
“Precisamos dizer que o Brasil não aceita o ódio contra as mulheres. Usem a imprensa, as redes sociais, para divulgar que não aceitaremos mais sermos silenciadas, desrespeitadas e sermos mortas. Essa é a marcha que teremos que fazer”, defendeu a ministra das Mulheres. Ela mencionou exemplos de diferentes violências de gênero, como os movimentos masculinistas da internet – ambiente virtual conhecido como ‘machosfera’ -, a violência contra mulheres na política, contra jornalistas e influencers. “Isso precisa acabar. Quando o presidente Lula diz que a meta é ‘feminicídio zero’, ele quer dizer que nada disso é autorizado neste País”, completou Cida Gonçalves.