Manifesto de servidores municipais com denúncias contra a prefeita Adriane Lopes já está na Câmara Municipal

Depois de assinarem nesta quinta-feira o Manifesto de repúdio à prefeita Adriane Lopes, em que acusam a chefe do Executivo de não cumprir compromissos por ela própria firmados inclusive na lei orçamentaria municipal, dirigentes de sindicatos e associação que representam servidores municipais efetivos da Prefeitura Municipal de Campo Grande, foram à Câmara Municipal entregar o documento e conversar com os vereadores para demonstrar os equívocos e abusos que a prefeita Adriane Lopes vem cometendo com os trabalhadores.

O grupo de líderes representa as seguintes entidades de trabalhadores: Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do Município de Campo Grande; Associação dos Servidores Municipais de Nível Superior; Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande; Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas de Mato Grosso do Sul, e Associação dos Servidores Administrativos da Saúde Municipal na Luta.

Durante encontro que realizaram na manhã do dia 7 na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário, na Capital, conversaram com jornalistas para manifestar a indignação que toma conta de todos os servidores municipais efetivos da Prefeitura pelo não cumprimento da lei e de valores adicionais referentes à insalubridade e periculosidade no trabalho por parte da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes. Segundo ele, a prefeita se mostra totalmente insensível e desinteressada em ouvir os servidores que reivindicam direitos legítimos e que não são respeitados pela atual administração.

Conforme denunciou o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Alberto da Costa Neto, é unânime o pedido por reposição salarial, aumento e reajuste dos vencimentos. “Estamos no final do ano e o ato de hoje simboliza o grito de mais de 5.000 servidores públicos municipais. Se formos contar, seriam, mais de R$ 10 mil de prejuízo para cada servidor desvalorizado pela prefeita. Ainda hoje vamos protocolar nossas reivindicações no Legislativo Municipal”.

Paulina Barbosa Ferreira, presidente da Associação dos Servidores Municipais de Nível Superior reforça afirmando, em nome dos trabalhadores formados e concursados, que os trabalhadores estão sem nenhum tipo de promoção desde dezembro de 2022. Sem contar que no âmbito da remuneração salarial há total descumprimentos de acordos previstos em lei.

E prossegue afirmando que “em nosso grupo, composto por 21 categorias de nível superior, perdeu 56% de remuneração nos últimos 22 anos. A prefeita Adriane Lopes chegou a fazer um acordo conosco de implantação do Plano de Cargos e Carreira e não cumpriu o trato até o momento. Fomos obrigados a acionar a Justiça para buscar pelo que foi combinado”.

A representante do Sindicato de Arquitetos e Urbanistas, Ivanete Carpes, compartilha dessa mesma dificuldade de negociação. A arquiteta ressalta que a líder do Poder Executivo Municipal não recebe os profissionais da área há mais de um ano. “Havia um trato para implantar o Plano de Carreira dos arquitetos, engenheiros e tecnólogos, porém, notamos que havia a intenção de retirar direitos adquiridos na última versão do documento apresentando pela Cogeplan e então recuamos”, explicou. E complementou que aguardam que a prefeita os receba para uma nova negociação, desta feita justa e que retire direitos da categoria.

Adicionais de insalubridade

Durante a coletiva de imprensa, o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem, Bruno Machado Vieira citou, assim como haviam feito os guardas municipais, a necessidade de que a legislação seja cumprida e voltem a receber o pagamento adicional referente a insalubridade, no caso da enfermagem, e periculosidade no caso dos guardas municipais. “Há grande indignação entre esses servidores, pois o pagamento desses direitos havia sido prometido em 31 de dezembro do ano passado e não ocorreu até hoje, nem mesmo o pagamento da insalubridade que é prevista em Lei e reconhecida pela justiça”.

E complementando, “somando-se as demais insatisfações nós também aguardamos o pagamento das Letras e Quinquênios a que temos direito”, lembrou Thiago Barateli, da Associação dos Servidores Administrativos da Saúde Municipal Na Luta.

Maurício Hugo

 

 

 

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