CPMI dos atos antidemocráticos de 8 janeiro será instalada no Congresso

Em sessão conjunta do Congresso Nacional, o presidente, senador Rodrigo Pacheco, fez a leitura do requerimento de instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para apurar os fatos que levaram à invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. O próximo passo é a definição dos membros que vão compor a comissão, que se dará de acordo com a tamanho das bancadas e blocos partidários.

A comissão será constituída por 15 senadores e 15 deputados, com igual número de suplentes. Além disso, o grupo terá mais um integrante de cada Casa representando a Minoria em caráter de rodízio. No total, serão 32 titulares. O grupo terá prazo de 180 dias para investigar os “atos de ação e omissão” ocorridos no dia 8 de janeiro.

Ainda não foi definido um prazo para que os líderes façam a indicação dos parlamentares membros, já que o critério de proporcionalidade não foi decidido e publicado. Um ofício da Presidência [da Mesa do Congresso] será enviado aos líderes de blocos e de partidos, para que façam a indicação.
Pacheco disse à imprensa que os trabalhos da CPMI poderiam começar já a partir da primeira semana de maio, após a indicação dos membros e a escolha dos congressistas que vão assumir a presidência do grupo e a relatoria das investigações.

Para o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o trabalho de investigação a ser desempenhado pela CPMI será um ato “contra a barbárie”, e não contra o governo. Na visão de Wagner, não há uma disputa pela ocupação dos cargos, já que a escolha para as duas principais indicações da comissão atenderão a vontade das maiorias: “Não é disputa! A relatoria será de uma Casa, a presidência será da outra Casa, para o bom andamento da CPI. Os presidentes e relatores são importantes, e são as maiorias que devem eleger. O presidente que indicará o relator. Para mim é indiferente”.

Fonte/Foto: Agência Senado/Marcos Oliveira

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