Em meio ao excesso de chuva no Sul e excesso de calor e seca no Centro-Oeste a safra de soja está sendo plantada. Em algumas regiões, como o Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, exigindo replantios em algumas áreas. Custo maior para os agricultores, mas segue a safra. O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou regras que determinam o encerramento do plantio em 24 de dezembro no Estado, marcando uma etapa crucial para a próxima safra.
Como parte integrante do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), esses calendários de semeadura atuam como uma medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário. O objetivo é reduzir o inóculo da ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam nossa cultura.
A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) ressalta a importância do cadastro da safra 2023/24 de soja. É obrigatório registrar sua área cultivada no site da Iagro (www.servicos.iagro.ms.gov.br/plantio), e o prazo para esse registro se estende até o dia 10 de janeiro. Este é um passo essencial para garantir a eficácia das medidas de controle fitossanitário.
As mudanças nos calendários para esta safra foram cuidadosamente planejadas após uma análise aprofundada dos dados do Consórcio Antiferrugem. O aumento expressivo nos relatos da ferrugem asiática na safra 2022/23, de acordo com a Embrapa Soja, destacou a necessidade de ajustes para racionalizar o uso de fungicidas e reduzir os riscos de resistência do fungo.
“Neste contexto, reforçamos a importância da colaboração de todos os envolvidos. A revisão das autorizações para cultivos em caráter excepcional é crucial para o manejo eficaz da ferrugem asiática e, consequentemente, para a preservação da nossa produção”, destacou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold. “A ferrugem asiática é uma desafio que enfrentamos, mas com essas medidas, estamos fortalecendo nossa defesa”, concluiu.