Após uma investigação que começou em dezembro de 2022, a Polícia Federal prendeu hoje (9) dois brasileiros suspeitos de terem sido recrutados e treinados para a formação de uma célula terrorista do grupo libanês Hezbollah no Brasil. Um dos detidos revelou a existência de um plano de ações da organização islâmica xiita em território nacional contra a comunidade judaica. E mais, há indícios de que a organização criminosa brasileira, PCC, tem dado suporte ao Hezbollah a partir de São Paulo.
A ação da PF, batizada de Operação Trapiche, teve apoio de serviços americanos e israelenses de inteligência na identificação de, pelo menos, quatro judeus que já seriam alvos de ataques letais, e locais como a Embaixada de Israel, em Brasília. Há, ainda, dois mandados de prisão, inclusive com alerta na lista da Interpol, contra outros dois brasileiros que estão no Exterior e seriam descendentes de libaneses.
Os ataques contra judeus têm crescido desde o dia 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas surpreendeu Israel com um bombardeio com mísseis em toda a região, a partir da Faixa de Gaza. O governo israelita se defendeu atacando e, desde então, o conflito já fez milhares de mortos e feridos.
Nem a Embaixada de Israel, nem a do Líbano, em Brasília, quiseram comentar essa Operação da Policia Federal.