O centro de pesquisa da Embrapa que trabalha com arroz e feijão possui uma proposta para melhorar a nutrição, a produção, o ambiente e a qualidade de vida de populações. O Programa Prato Brasil é uma ação entre a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que busca valorizar e promover a produção no campo baseada no sistema agroalimentar sustentável, na geração de alimentos com qualidade diferenciada e na manutenção da estabilidade da oferta de grãos, legumes e verduras para a população brasileira. A iniciativa está em fase final de entendimento entre as duas organizações e pode encontrar apoio em outros programas e projetos já em execução, inclusive em outros Ministérios.
De acordo com o analista da Embrapa Arroz e Feijão, Miguel Oliveira, um dos idealizadores do Prato Brasil, o Programa pretende articular políticas federais e estaduais de apoio à agricultura familiar e as inovações desenvolvidas pela Embrapa, como, por exemplo, ativos envolvendo cerca de 474 cultivares licenciadas e 264 patentes reconhecidas até o momento. “O Prato Brasil irá mapear quais tecnologias podem se aproximar de políticas públicas de apoio à agricultura familiar e promover o uso dessas tecnologias, juntamente, com a valorização da produção e da cultura nacional de produção e consumo de alimentos”, disse Miguel.
O analista da Embrapa Arroz e Feijão afirmou que o público potencial do Prato Brasil é de 3,8 milhões de famílias rurais, distribuídas nas cinco Regiões do País. O foco inicial, conforme Miguel, será no Norte e Nordeste, podendo haver a integração de cultivares que possam acessar iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Sementes); e o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024. Ainda segundo Miguel Oliveira, o Prato Brasil, no seu primeiro ano de execução, irá se concentrar em duas culturas que compõem a base da alimentação do brasileiro: o arroz e o feijão.
