Em sua última sessão como presidente do Supremo Tribunal federal (STF), a ministra Rosa Weber fez um discurso de despedida do STF, que agora se aposenta aos 75 anos de idade e 11 naquela Corte.
No adeus, Rosa Weber defendeu paridade de gênero no STF, destacou que ainda é muito baixa a representatividade feminina na Corte e reiterou a defesa da democracia. Weber foi a terceira mulher a tomar posse no Supremo, que agora segue apenas com a representação feminina da ministra Cármen Lúcia. Ela ainda destacou a aprovação, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — também foi presidido por ela, de uma resolução que determina a paridade de gênero na segunda instância da Justiça. “A igualdade de gênero é expressão da cidadania e da dignidade humana e pressuposto fundamental da democracia” afirmou.
A ministra ainda citou os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, quando a sede do Supremo foi a mais atingida, e dia chamado por ela de “dia da infâmia”: “A resistência, a resiliência e a solidariedade ficaram estampadas na metáfora da travessia da praça dos Três Poderes, todos nós de mãos dadas, desviando das pedras, dos vidros, dos cartuchos de bala. Inabalada restou a nossa democracia, como gosto de dizer”.
Com a aposentadoria da ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolherá quem vai substituí-la, e os principais cotados são homens.