Sustentabilidade em alerta máximo – Desastres sócio-ambientais devastam cidades pelo mundo

O ano de 2023 ficará marcado pela ocorrência de grandes tragédias sócio-ambientais pelo mundo. Incêndios florestais e estiagens prolongadas; derretimento acelerado de geleiras; ciclones e furacões; enchentes, terremotos, recordes de calor excessivo, devastação de cidades. Grandes populações em todos os continentes estão sofrendo as consequências da falta de responsabilidade direta de muitos governos – Canadá, Estados Unidos, Itália, Marrocos, Brasil (com destaque para tragédias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).

Os desastres recorrentes têm levantado muitos questionamentos às grandes lideranças mundiais, especialmente de de países ricos, sobre o que está sendo feito, quanto e como estão investindo em desenvolvimento sustentável em seus três aspectos essenciais: social, ambiental e econômico.

Em entrevista ao portal Congresso em Foco, o cientista brasileiro e referência mundial em mudanças climáticas, o meteorologista e climatologista Carlos Nobre fez um alerta: os desastres ambientais no Brasil, como o ocorrido nos últimos dias no litoral de São Paulo, tendem a ser cada vez mais frequentes e mais graves. Com formação no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e coautor da pesquisa vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2007, Carlos Nobre explicou que o aumento da temperatura global está diretamente atrelado às catástrofes no litoral brasileiro. “Esse é o risco decorrente de nós continuarmos aquecendo o planeta, continuarmos lançando gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano, óxido nítrico, entre outros. Se continuarmos aumentando, em 2023 teremos o recorde de emissões no planeta, vamos manter o aumento da temperatura e esses fenômenos que vivenciamos hoje serão brincadeira perto do futuro”.

Nada mais urgente para a preservação do planeta, e da própria humanidade, que agir para evitar a escalada do aquecimento global, o maior desafio já enfrentado pelos líderes mundiais hoje, é o de alcançar as metas do Acordo de Paris para não deixar a temperatura subir acima de 1,5ºC, e reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e zerar até meados do século.”

Em Nova Deli, na Índia, na Cúpula do G20 – grupo dos países mais poderosos do mundo, o presidente Lula da Silva usou o exemplo do ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul para abordar as ameaças das mudanças climáticas e suas consequências para os grupos mais vulneráveis das populações: “São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes, os mais impactados”, disse o presidente.

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