Surpreendentemente a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) foi a grande ausente no palanque montado no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, no centro da Capital para os festejos pelos 201 anos da Independência do Brasil nesta quinta (7). O governador Eduardo Riedel, e o comandante militar do Oeste, general de Exército, Luiz Fernando Estorilho Baganha comandaram a solenidade que contou com a presença de outras autoridades militares, deputados estaduais e federais e secretários.
Mais de 15 mil campo-grandenses não atenderam a convocação dos bolsonaristas que pregaram o “fica em casa” como forma de boicote ao 7 de Setembro, e acompanharam de forma bastante participativa do tradicional desfile cívico-militar. Também não compareceram, atendendo à convocação de boicote, os parlamentares bolsonaristas, deputados estaduais João Henrique Catan e Coronel David, do PL, e Rafael Tavares (PRTB).
As arquibancadas e as laterais da Rua 13 de Maio ficaram lotadas. A população se acomodou como foi possível para acompanhar de perto o desfile que, esse ano, contou com muitas palavras de ordem por parte de estudantes que desfilavam, especialmente os das escolas cívico-militares ou escolas militares.
Foram registradas pela reportagem reclamações junto ao público, face ao impedimento das pessoas de ficarem mais próximas do palanque das autoridades. Este ano, os organizadores determinaram que todo o espaço entre a Rua 14 de Julho e a Rua Rui Barbosa, na Avenida Afonso Pena, fosse fechado com cercas e a presença de soldados do Exército. Assim, só era possível ao povo na Rua 13 de Maio, chegar até o limite da Afonso Pena, ficando distante do palanque.
O desfile
Desfilaram pela Rua 13 de Maio aproximadamente 5 mil pessoas, entre estudantes das escolas municipais e estaduais e militares das Forças Armadas. Durante praticamente todo o desfile, e antes mesmo de começar, aeronaves da Base Aérea, sobrevoaram o centro de Campo Grande, provocando a atenção do público presente. Também helicópteros sobrevoaram a área central da Capital na manhã dessa quinta feira festiva.
Outro fato que chamou a atenção e chegou a provocar algum tumulto, foi no final do desfile. Como acontece todos os anos, quando se anuncia o encerramento das comemorações, representantes de movimentos sociais e algumas entidades promovem um protesto já bastante conhecido e até tradicional: o Grito dos Excluídos.
Policiais montaram uma corrente para impedir que o movimento chegasse até o palaque e desfilasse como é feito todos os anos. Houve muita reclamação e até o deputado Pedro Kemp (PT/MS), que anualmente se faz presente e participa do protesto, foi empurrado pelos policiais, assim como outras pessoas, como uma senhora quilombola que3 sofreu queda no asfalto.
