Reunião do BRICs – Na África, Lula defende moeda comum e novos países no bloco

Na África do Sul, em reunião do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – BRICs, o presidente Luis Inácio Lula da Silva criticou o sistema financeiro internacional e defendeu que haja uma moeda comum para as transações comerciais e de investimentos, mantendo as moedas locais de cada país membro. “A criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimento entre os membros do Brics aumenta nossas opções de pagamento e reduz nossas vulnerabilidades”, disse Lula na 15ª Cúpula do grupo, que aconteceu em Joanesburgo durante três dias.

Mas, o principal assunto do evento foi a entrada de outros países no bloco. Lula apoia a expansão para outros membros como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia, que foram “convidados” a entrar no grupo a partir de 1º de janeiro de 2024. O “convite”, segundo diplomatas, é uma formalidade técnica porque esses países já haviam demonstrado interesse em participar.

Sobre o cenário econômico complexo do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, também conhecido como Banco do Brics), a presidente daquela instituição e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, destacou os esforços que foram necessários nos últimos cinco meses, já que o banco enfrentava problemas de liquidez até março deste ano, principalmente devido à pandemia de covid-19, as sanções impostas por países do Ocidente a membros do Brics, entre outras situações. “Para superar essa situação, o NDB fortaleceu sua governança nos últimos cinco meses, contando com o apoio decisivo de nosso Conselho de Administração, que aprovou imediatamente nossa proposta de criação de um Comitê Executivo, com a responsabilidade de discutir e decidir sobre todos os assuntos estratégicos do banco. Isso acelerou nosso processo de tomada de decisão, com prazos devidamente estabelecidos e cumpridos”, declarou Dilma Rousseff.

Foto: Ricardo Stuckert

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