Em dois pontos importantes, o governo de Mato Grosso do Sul mostra afinidade com a política do governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva: no apoio e valorização da agricultura familiar e na defesa da sustentabilidade e do caminho que levará o Estado e o País ao estágio do Carbono Neutro nas atividades produtivas. Esse fato ficou mais uma vez comprovado na visita do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, a Campo Grande na última terça-feira, quando do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar para Mato Grosso do Sul, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, na Capital do Estado.
Elogiando o governador Eduardo Riedel (PSDB) por suas idéias e práticas inovadoras, o ministro defendeu a política sustentável que MS está priorizando e ainda destacou que Mato Grosso do Sul pode liderar três novas revoluções no campo, que é a agricultura de baixo carbono, a de energia limpa e a reindustrialização. “O Estado tem todas as condições de liderar este processo. Tudo isto requer técnica, assistência e crédito, para promover esta transição ecológica e agroindústria forte”, afirmou Paulo Teixeira.
O secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, representando no ato o governador de MS, afirmou que o trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado na agricultura familiar se alinha a política pública prevista no Plano Safra para os agricultores familiares.
Na safra 2023/2024, Mato Grosso do Sul terá R$ 400 milhões do Plano Safra da Agricultura Familiar. A estimativa do governo federal é de que os agricultores e agricultoras familiares da região Centro-Oeste contratem mais de R$ 4 bilhões em crédito rural. Para todo o Brasil, são R$ 77 bilhões. “No ano passado aplicamos R$ 40 milhões no setor e agora o Plano Safra chega com mais R$ 400 milhões. Eles fizeram o mesmo padrão metodológico que é feito para agricultura comercial, olhando para o desenvolvimento junto com a agroindustrialização, com financiamento tanto ao produtor, como às cooperativas. Agora, temos novos desafios para a aplicação desses recursos e muitos deles nos foram apontados nas Conferências da Agricultura Familiar”, informou o secreteário Jaime Verruck.
No entendimento do secretário, o Governo do Estado e União devem atuar em conjunto, tendo como prioridade a regularização dos títulos de propriedade de terra aos agricultores familiares. “O governador Eduardo Riedel planeja fazer um convênio para ajudar os agricultores a ter este cadastro e regularização, pois sem isto eles não têm acesso ao crédito”, lembrou Verruck.
Carbono Neutro
Outro ponto em comum do Plano Safra da Agricultura Familiar com as políticas do Governo do Estado para o segmento é inserir a lógica da sustentabilidade ao pequeno produtor, alinhando assim a política do Estado Carbono Neutro. Na solenidade inclusive, foram assinados dois termos de cooperação técnica e econômica neste sentido, sendo que o primeiro prevê a implantação de um programa de sistema agroflorestais nos assentamentos. “Assinamos aqui hoje o primeiro processo de sistema de carbono neutro para agricultura familiar, onde vamos trabalhar em 2 mil hectares, com 800 produtores, inserindo eles nesta lógica. O Plano Safra também traz este alinhamento com a política pública estadual”, completou o secretário.