Em delação premiada, o ex-PM Elcio Queiroz, que está preso desde 2019, disse que Ronnie Lessa matou Marielle e deu detalhes do atentado. Ele confessou ter dirigido o carro do ataque à vereadora e afirmou que foi o ex-policial militar Ronnie Lessa quem fez os disparos com uma submetralhadora.
A socióloga, ex-vereadora do Rio Janeiro, foi assassinada, em 2014, junto com seu motorista Anderson Gomes, quando saía de uma reunião política.
Nesta segunda-feira (24), foi realizada a prisão do ex-bombeiro Maxwell Corrêa, o Suel da Operação Élpis, que já havia sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro já tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II, e é réu no processo por homicídio e receptação, porque recebeu o carro usado no crime segundo o MP e a PF.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a morte da vereadora Marielle Franco tem relação com a atuação de milícias no Rio de Janeiro. “Os fatos até agora revelados e as novas provas colhidas indicam isto, que há forte vinculação desses homicídios, especialmente o da vereadora Marielle, com atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Isto é indiscutível. Até onde vai isso? As novas etapas vão revelar”, afirmou o ministro.
A mãe da vereadora assassinada, Marinete da Silva, se diz frustrada com as soluções apontadas até agora sobre o crime. “Já se passaram cinco anos: é muito tempo. Hoje, o mundo inteiro quer saber quem mandou matar Marielle. Isso não é uma questão a ser resolvida apenas pela família”, disse Marinete.