Deputado Marcos Pollon aplaude Eduardo Bolsonaro que comparou professores a traficantes e Fetems reage.

Em manifestação pró-armas nesse final de semana em Brasilia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), comparou os professores (que ele chama de “professor doutrinador”), a traficantes de drogas, em alusão à uma suposta influência política d educadores sobre alunos. Ao lado de Eduardo, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), que liderou o evento, aplaudiu a fala, como mostram videos e fotos que circulam nas redes sociais.

A reação entre os professores de Mato Grosso do Sul foi de indignação e revolta. Em Campo Grande, o presidente da Fetems – Federação dos Trabalhadores em Educação de MS, Jaime Teixeira, disse nesta segunda feira (10) ao Expressnews que a família Bolsonaro “é que é ligada aos traficantes pela sua origem e convivência na vida toda com os milicianos cariocas. A adoração pelas armas, é outra característica de semelhança com o tráfico”: “A família Bolsonaro sim, tem histórico com a milícia com quem sempre conviveu, nós professores preferimos e sempre estivemos ao lado da democracia, sempre defendemos a Escola Pública e a Educação de qualidade”, afirmou Jaime Teixeira, destacando também “que a família Bolsonaro passou quatro anos contra a educação, agindo para desconstruir os pensamentos de Paulo Freire, cortando verbas e desviando recursos da educação”.

A fala de Eduardo que gerou reações pelo País foi: “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime” e “Se nós, por exemplo, tivermos uma geração em que os pais prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação”. Ao final, o parlamentar citou um trecho da Bíblia e defendeu que a mulher seja submissa ao homem.

Uma nota oficial será publicada pela Confederação dos Trabalhadores em Educação, expressando a indignação da categoria em todo o País. O PSOL e deputados e entidades representativas da sociedade vão ao STF, à PGR e ao Conselho de Ética para apurar fala de Eduardo Bolsonaro. Em Mato Grosso do Sul, além da Fetems, outros setores da educação estão se manifestando contra a forma como o parlamentar fez acusações tão doentias e absurdas à classe dos professores de todo o País.

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