Foi criado e homologado no dia 26 de junho o Programa Estadual de Sanidade Florestal, que faz parte do Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas de Mato Grosso do Sul, o Profloresta. Se for levado em conta o volume atual e as perspectivas de crescimento das florestas plantadas no Estado, em função da chegada de mais duas grandes indústrias de papel e celulose em território sul-mato-grossense, uma atenção especial e o controle sobre a sanidade florestal é justificável.
“O objetivo do Programa é promover medidas de controle fitossanitário junto ao setor produtivo. São um conjunto de ações, de curto, médio e longo prazo, que vão fortalecer o sistema de produção florestal do Estado e reunir ações estratégicas de defesa sanitária vegetal. Para isso, contará com o suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica, focando na prevenção e controle de pragas, doenças e plantas daninhas de interesse econômico”, afirmou o secretário-executivo da Secretária de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Ciência, Tecnologia e Inovação, Rogério Beretta.
De acordo com o secretário Jaime Verruck, “o Programa Estadual de Sanidade Florestal representa um avanço significativo para o setor florestal de Mato Grosso do Sul, buscando promover o desenvolvimento sustentável das florestas plantadas e garantir a saúde das plantações. A iniciativa demonstra o compromisso do governador Eduardo Riedel em proteger e impulsionar o segmento, beneficiando produtores, pesquisadores e toda a cadeia produtiva envolvida”.
“A Sanidade Florestal é uma coisa importantíssima que o setor se preocupa bastante. Esse Plano vai facilitar os trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos pelo setor, pelas empresas da Reflore, mas que agora vão incorporar também a preocupação do Estado. Agora, ele vai amadurecer. E, é um processo que precisa ser passado entre o setor, entre o governo, entre as autoridades competentes do setor”, comentou Junior Ramires, presidente da Reflore, entidade que representa os produtores e industriais do segmento florestal no Estado.
Dentre os objetivos específicos do programa, destacam-se a promoção de boas práticas no controle de pragas, doenças e plantas daninhas prejudiciais às plantações florestais. Em caso de surtos, serão indicadas medidas e ações para uma tomada de decisão regional, visando a contenção da praga, doença ou planta daninha.
Uma rede de informações será estabelecida para concentrar todas as ocorrências de pragas, doenças e plantas daninhas nas plantações florestais, permitindo um monitoramento mais eficiente. Além disso, será implementado um sistema de alerta fitossanitário, que auxiliará os silvicultores na rápida detecção e monitoramento das principais pragas, doenças e plantas daninhas no estado.
A pesquisa de resistência genética de clones de eucalipto às pragas e doenças será fomentada, visando a identificação de variedades mais resistentes. Também serão sugeridos métodos de controle para pequenos focos, com até 100 hectares, a fim de evitar a disseminação desses problemas em áreas maiores e vizinhas.
Outro enfoque importante do programa é o incentivo ao uso de produtos biológicos seletivos, que são seguros para os inimigos naturais, no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Serão promovidas parcerias público-privadas entre prefeituras municipais, instituições de ensino e pesquisa, associações de produtores e empresas do setor, com o objetivo de gerar e difundir informações e alternativas para o monitoramento e o manejo sustentável das principais pragas, doenças e plantas daninhas.