Empréstimos consignados – Presidente Lula se diz indignado com as altas taxas cobradas pelos bancos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “indignado” com as atuais taxas cobradas no crédito consignado, e vai conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Hadddad, e com presidentes de bancos para reduzir as taxas cobradas em empréstimos.

“Vou conversar com Haddad, com presidentes dos bancos para saber como a gente está lesando o povo pobre nisso. Estamos dando como garantia a folha de pagamento e ainda está pagando mais caro do que os empresários pelo empréstimo. É muito caro, é um roubo”, disse Lula no programa semanal “Conversa com o Presidente”.

Para Lula, os trabalhadores não têm como “dar cano” porque as parcelas do empréstimo consignado são descontadas diretamente na folha de pagamento ou de um benefício. Nesta modalidade, o empréstimo é dado a quem tem emprego garantido ou é beneficiário de programa social.

Em março, o governo federal definiu que o teto de juros para beneficiários do INSS é de 1,97%, e que o limite de juros para o cartão de crédito é de 2,89%. “O que me deixa indignado é o seguinte: o crédito consignado é dado para quem tem emprego garantido, que é descontado no salário. Portanto não tem como perder, é 1,97%. E 1,97% vezes 1,97%, juros sobre juros, dá quase 30% ao mês. Como o cara que ganha R$ 2 mil, que pega R$ 1 mil no crédito consignado para pagar 30% ao mês e eu estou emprestando dinheiro aos grandes a 10%. O deles é caro, quero deixar isso claro, mas isso aqui é triplamente caro”, disse Lula.

A taxa média para servidor público está em 24,5% ao ano e para aposentados, em 25,5%.

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