Cerimônia no Senado marca a restauração da galeria de presidentes depredada no 8 de janeiro

A galeria dos presidentes no Salão Nobre do Senado Federal, que foi depredada no 8 de janeiro pelos milhares de vândalos que invadiram os prédios dos três poderes da República, foi restaurada. Em cerimônia na quarta-feira (24), a coleção foi atualizada com os retratos de Davi Alcolumbre (União-AP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ocuparam a Presidência da Casa nos últimos quatro anos. Também foram restaurados e repostos cinco retratos que haviam sido vandalizados durante as invasões.

Entre os presentes, além dos homenageados, esteve a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, representando o ex-presidente do Senado Ramez Tebet, seu pai. Tebet destacou a trajetória e o legado do pai. A ex-senadora acredita que ele só teve o retrato atacado porque ela assumiu uma posição firme durante o segundo turno das eleições presidenciais.
— Tentaram fazer um apagão na história do Brasil. Não conseguiram e nem conseguirão. Pois não há borracha alguma que possa apagar isso. A alma do povo brasileiro é democrática. Amamos poder votar, ter a liberdade de expressão. Temos a liberdade em nossa essência — disse.

Marco histórico
A galeria dos presidentes foi inaugurada em fevereiro de 2005 para registrar as imagens de todos os dirigentes do Senado desde a fundação. As obras foram todas pintadas a óleo pelo artista plástico Urbano Vilella. No 8 de janeiro, dois quadros de José Sarney, dois de Renan Calheiros e um de Ramez Tebet foram danificados, e o autor repintou quatro deles.

— A Casa reafirma o compromisso com a democracia e a memória política do Brasil. Os registros dos debates e as obras de arte que guardamos são patrimônio da sociedade brasileira. A abertura dos nossos espaços e arquivos é parte do trabalho de fortalecimento da cidadania, um fundamento da República Federativa do Brasil — discursou o atual presidente, Rodrigo Pacheco.

Fonte: Agência Senado

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